Sete governos da América Latina defendem prudência maior na Síria
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil segue a mesma linha e defendeu o "diálogo efetivo e pleno respeito ao direito internacional"
Reuters
Publicado em 7 de abril de 2017 às 19h05.
Cidade do México/São Paulo - Os governos de sete países da América Latina manifestaram nesta sexta-feira sua profunda preocupação sobre a escalada de violência na Síria e condenaram o emprego de armas químicas contra a população civil, segundo comunicado divulgado pela chancelaria mexicana.
Argentina, Chile, Colômbia, México, Paraguai, Peru e Uruguai fizeram um apelo "a todas as partes envolvidas, incluindo os atores com influência na região, a exercer a maior prudência para evitar uma escalada das tensões e para encontrar uma solução política na Síria, sob os auspícios das Nações Unidas".
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil segue a mesma linha e defendeu o "diálogo efetivo e pleno respeito ao direito internacional" para a solução do conflito sírio.
"O governo brasileiro manifesta preocupação com a escalada do conflito militar na Síria. Reitera sua consternação com as notícias de emprego de armas químicas no conflito sírio. Reafirma a importância de que sejam conduzidas investigações abrangentes e imparciais", disse o Itamaraty.
Os EUA dispararam mísseis de cruzeiro nesta sexta-feira contra uma base aérea síria de onde autoridades norte-americanas afirmam que foi lançado um ataque com armas químicas nesta semana, na primeira intervenção militar direta dos EUA contra o governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, em seis anos de guerra civil.
De acordo com o Itamaraty, não há registro de brasileiros entre as vítimas do ataque químico.