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Sete candidatos e um grande ausente contra Putin

Com seu principal opositor sendo investigado por corrupção, Vladimir Putin é o favorito entre os sete candidatos à presidência da Rússia

Putin é o candidato favorito nas pesquisas (Morris MacMatzen/Getty Images)
A

AFP

Publicado em 12 de março de 2018 às 14h27.

Vladimir Putin enfrentará sete candidatos nas eleições presidenciais de 18 de março na Rússia , mas não seu principal opositor, Alexei Navalny, declarado inelegível para o pleito.

 

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ALEXEI NAVALNY, O GRANDE AUSENTE

Conhecido por suas investigações sobre a corrupção das elites, que foram muito compartilhadas nas redes sociais, este carismático advogado surpreendeu com as grandes manifestações organizadas no ano passado contra o governo.

Assim, aos 41 anos, confirmou a posição de opositor número um do Kremlin, o único capaz de mobilizar dezenas de milhares de pessoas contra o poder. Mas a eleição não permitirá medir sua verdadeira popularidade entre os russos, já que a Comissão Eleitoral rejeitou sua candidatura por uma condenação judicial que ele considera fabricada.

Navalny defendeu o boicote da eleição, prometeu ações de protesto e deseja mobilizar observadores para monitorar a votação.

PAVEL GRUDININ, O COMUNISTA MILIONÁRIO

A candidatura surpresa de Pavel Grudinin, de 57 anos, rejuvenesceu o Partido Comunista, que era representado desde o fim da União Soviética por Guenadi Ziuganov. O diretor da Sovkhoz Lenin, uma fazenda de frutas que tem faturamento de milhões de dólares, é o adversário mais popular de Putin, mas a uma grande distância, com quase 7% das intenções de voto.

Apesar de criticar algumas políticas do governo e elogiar Stalin, nunca faz ataques pessoais a Putin, a quem apoiou no passado. O interesse provocado por seu nome rendeu uma série de artigos hostis na imprensa pró-Kremlin e ele denuncia as "constantes pressões" das autoridades.

VLADIMIR JIRINOVSKI, O AGITADOR POPULISTA

Vladimir Jirinovski, de 71 anos, acostumado a declarações bombásticas, é o candidato tradicional do partido de extrema-direita LDPR. Antiamericano, antiliberal e anticomunista, muitos analistas o consideram um falso opositor ao Kremlin. Já foi descrito nos círculos políticos russos como um palhaço.

Apesar de ter sido marginalizado nos últimos anos, Jirinovski não perdeu a energia oratória. As pesquisas mostram que tem 5,7% das intenções de voto.

KSENIA SOBCHAK, A "CONTRA TODOS"

Jornalista de televisão, ligada à oposição liberal e ex-estrela de reality show, Ksenia Sobchak, de 36 anos, entrou na disputa com o lema "contra todos".

Apesar de ter pouco mais de 1% nas pesquisas de intenção de voto, sua candidatura deu um pouco de vida a uma disputa presidencial decidida de antemão. Ela fez críticas de veemência nada comum contra o Kremlin nos meios de comunicação federais.

GRIGORI YAVLINSKI, O VETERANO LIBERAL

Um dos poucos políticos de tendência liberal com algum peso na Rússia, Grigori Yavlinski, de 65 anos, fundou o partido Yanloko pouco depois da queda da URSS.

Embora continue sendo um crítico de Vladimir Putin, sua candidatura presidencial - a terceira - é vista com ceticismo e aparece com pouco mais de 1% nas pesquisas.

BORIS TITOV, O HOMEM DE NEGÓCIOS

Representante dos empresários na Rússia, Boris Titov, de 57 anos, entrou na disputa presidencial sem ilusões sobre o vencedor, mas com a ideia de "convencer Putin a mudar a economia".

Com 0,4% das intenções de voto, defende mais medidas de estímulo econômico e uma normalização das relações com o Ocidente.

SERGUEI BABURIN, O NACIONALISTA DISCRETO

Serguei Baburin, de 59 anos, presidente do partido nacionalista União do Povo Russo é praticamente desconhecido entre o grande público e recebe pouca atenção da imprensa.

Ex-vice-presidente da Duma, a câmara baixa do Parlamento russo, afirma que luta há mais de 20 anos contra as orientações "neoliberais" das autoridades.

MAXIM SURAIKIN, O COMUNISTA CISMÁTICO

Poucas pessoas haviam ouvido falar de Maxim Suraikin, de 39 anos, antes do anúncio de sua candidatura presidencial. Ex-membro do Partido Comunista, rompeu com o partido para fundar em 2012 o Partido dos Comunistas da Rússia. Seu peso político é mínimo.

 

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