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Serviço de inteligência venezuelano prende chefe de gabinete de Guaidó

Segundo relatos, agentes estavam munidos de dois rifles e uma granada durante a ação e chegaram à residência em dez veículos

Juan Guaidó: líder oposicionista acusa governo Maduro de sequestrar chefe de gabinete (Antonio Cruz/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de março de 2019 às 08h47.

Última atualização em 21 de março de 2019 às 09h47.

Caracas — O líder opositor e autoproclamado presidente interino da Venezuela , Juan Guaidó , disse nesta quinta-feira, 21, em sua conta no Twitter que agentes do Sebin (Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional) invadiram a casa de seu chefe de gabinete, Roberto Marrero, e do deputado opositor Sergio Vergara, vizinho de Marrero, durante a madrugada.

Em sua conta oficial do Twitter, o presidente do Parlamento denunciou o que chamou de "sequestro". "Sequestraram @ROBERTOMARRERO, chefe de meu gabinete. Ele denunciou a viva voz que foram plantados dois fuzis e uma granada, segundo disse o deputado @SergioVergaraG, seu vizinho. O procedimento começou às 2 a.m aprox. Desconhecemos seu paradeiro. Deve ser libertado imediatamente".

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Enquanto o líder máximo da oposição na Venezuela denuncia esta detenção, o país aguarda o anúncio do novo gabinete do governante Nicolás Maduro , que é esperado desde o início da semana, e os próximos passos do próprio Guaidó, como chefe do Parlamento.

Vergara confirmou a informação e disse que Marrero foi preso pelo serviço de inteligência do país. Os agentes estavam munidos de dois rifles e uma granada durante a ação e chegaram às residências em dez veículos. Ele também afirmou que mais de 40 funcionários do Sebin entraram nas casas e ficaram no local por mais de três horas. Segundo os opositores, os policiais derrubaram portas para entrar nas casas.

"Infelizmente chegaram a mim. Sigam lutando. Não parem. Cuidem do presidente", disse Marrero em uma gravação telefônica antes de ser detido. Vergara denunciou ante a comunidade internacional que o regime chavista violou sua imunidade parlamentar.

Vergara pediu a Michelle Bachelet, alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, que exija a libertação de Marrero, "sequestrado pelo Sebin", segundo ele.

Em nome do governo da Colômbia, o chanceler Carlos Holmes Trujillo criticou a ação contra os opositores e pediu à comunidade internacional que exija respeito à liberdade, à vida e à integridade dos opositores venezuelanos.

Marrero e Vergara acompanharam Guaidó na viagem que o líder opositor fez pela América Latina para obter apoio em seus esforços para tirar o presidente Nicolás Maduro do poder. (Com agências internacionais).

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