Serra diz que 'não é de brincar com o interesse público'
São Paulo - O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, disse hoje, no encerramento da convenção nacional do PTB, em São Paulo, que "não é de fazer picuinhas, de fazer pinimbas, de brincar com o interesse público". Em seguida, fez críticas aos seus opositores na corrida presidencial. "Ninguém destrói coisas feitas que […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.
São Paulo - O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, disse hoje, no encerramento da convenção nacional do PTB, em São Paulo, que "não é de fazer picuinhas, de fazer pinimbas, de brincar com o interesse público". Em seguida, fez críticas aos seus opositores na corrida presidencial. "Ninguém destrói coisas feitas que podem ser melhoradas. Se não estão funcionando bem, podem ser melhoradas. A gente toca para a frente, a gente revoga as besteiras feitas, as coisas erradas. O que está feito, mesmo que não esteja muito bem feito, a gente conserta, aperfeiçoa, não muda de nome e toca para frente", disse, em alusão a acusações feitas por oponentes de que poderia, caso eleito, encerrar programas como o Bolsa Família, por exemplo.
Serra citou um episódio da campanha à Prefeitura de São Paulo, em 2004, que ele venceu, em disputa contra a candidata do PT, Marta Suplicy, que buscava a reeleição. Ele contou que sua opositora, na ocasião, havia criado o bilhete único e que, durante toda a campanha, os petistas sustentavam que Serra iria acabar com esse sistema. "Eu ganhei a eleição, apesar de ela ter mais de 50% de aprovação. Mas eles passaram a campanha dizendo que eu ia acabar com o bilhete único. O que nós fizemos? Cheguei ao governo, criamos o bilhete único para ônibus, metrô e trens urbanos".
Serra ainda foi contundente ao definir o estilo de seus adversários. "Às vezes tem gente que pensa que você se comporta como eles se comportariam em determinadas circunstâncias. Às vezes te acusam de coisas que você nunca fez, não porque eles tenham provas. Mas porque eles pensariam: 'se eu estivesse no lugar dele, estaria fazendo isso, estaria passando a mão aqui, estaria fazendo aquilo, estaria perseguindo aqueles que estiveram no governo'. Nós não. Nós não tratamos adversários como inimigos, nós tratamos como competidores. Não encaramos como inimigos que têm de ser destruídos".
Segundo Serra, "quando eles querem nos destruir, nós nos defendemos". Ao apontar para o caso do suposto dossiê que integrantes da equipe de sua oponente, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, teriam preparado contra ele, Serra foi enfático: "Eu já disse. Quanto mais mentiras disserem a nosso respeito, mais verdades nós diremos a respeito deles".