Sequestro: os sequestradores foram revistados e levados sob custódia, disse Muscat em publicação no Twitter (Reuters)
EFE
Publicado em 23 de dezembro de 2016 às 13h02.
Última atualização em 23 de dezembro de 2016 às 13h38.
Os passageiros de um avião foram libertados nesta sexta-feira, em Malta, após os sequestradores que tomaram a aeronave na Líbia se renderem, disse o primeiro-ministro maltês, Joseph Muscat.
Hijackers surrendered, searched and taken in custody.
— Joseph Muscat (@JosephMuscat_JM) December 23, 2016
O avião fazia um voo interno na Líbia quando foi sequestrado por homens e um dizia ter uma granada de mão. A aeronave foi desviada para Malta.
Os sequestradores foram revistados e levados sob custódia, disse Muscat em publicação no Twitter.
Segundo relatos iniciais, um sequestrador disse aos tripulantes que era "pró-Gaddafi" e que iria deixar todos os 111 passageiros saírem do Airbus A320, mas não deixaria os tripulantes saírem, caso suas exigências não fossem atendidas.
É incerto quais eram as exigências. Um canal de TV líbio relatou que conversou por telefone com um deles, que se descreveu como líder de um partido pró-Gaddafi.
Gaddafi foi morto em um levante em 2011, e o país tem sido castigado por violência de facções desde então.
Ônibus foram levados para a pista do Aeroporto Internacional de Malta para retirar 109 passageiros, assim como parte da tripulação. Imagens da TV não mostravam qualquer tipo de alarme.
Após passageiros deixarem o avião, um homem apareceu brevemente no topo da escada com uma bandeira verde, semelhante ao do Estado governado por Gaddafi.
O parlamentar Al-Saghir disse à Reuters que Abdusalem Mrabit, também membro do Parlamento da Líbia que estava no avião, disse que os dois sequestradores estavam na faixa dos 20 anos e eram do grupo étnico tebu, do sul da Líbia.
Tropas tomaram posições a poucas centenas de metros de onde o avião pousou. Os motores do avião ainda estavam ligados 45 minutos depois do pouso na manhã desta sexta-feira.
Alguns outros voos do Aeroporto Internacional de Malta foram cancelados ou desviados, segundo o jornal.
Uma autoridade sênior da segurança líbia disse à Reuters que durante o voo, o piloto disse à torre de controle do aeroporto de Mitiga, em Trípoli, que a aeronave havia sido sequestrada.
"O piloto relatou à torre de controle em Trípoli que eles haviam sido sequestrados, então perderam comunicação", disse a autoridade, falando sob condição de anonimato.
O avião voava de Sebha, no sudoeste da Líbia, para a capital Trípoli pela estatal Afriqiyah Airways, um voo que normalmente leva pouco mais de duas horas.
A pequena ilha mediterrânea de Malta, país membro da União Europeia, fica a cerca de 500 quilômetros de Trípoli.