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Senegal confirma seu primeiro caso de ebola

Pessoa infectada é estudante universitário da Guiné que procurou tratamento nesta semana num hospital da capital senegalesa, Dacar, informou ministra da Saúde

Trabalhador do Médicos Sem Fronteiras: atual surto do ebola já matou mais de 1.500 (2Tango/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2014 às 16h16.

Dacar, Senegal - Um homem infectado pelo vírus ebola viajou para o Senegal, tornando-se o primeiro caso registrado da doença no país. O atual surto da doença já matou mais de 1.500 pessoas.

A pessoa infectada é um estudante universitário da Guiné que procurou tratamento nesta semana num hospital da capital senegalesa, Dacar, informou aos jornalistas a ministra da Saúde do Senegal, Awa Marie Coll Seck.

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O jovem disse ter tido contato com pacientes infectados pelo ebola na Guiné e foi imediatamente colocado em quarentena, afirmou a ministra.

Exames confirmaram que o paciente realmente tem ebola e as autoridades notificaram a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A chegada da doença no Senegal, que é um destino turístico e cuja capital é um importante centro de operação de voos comerciais na região, mostra que o surto não está sob controle - apesar dos esforços da OMS, do Médicos Sem Fronteiras (MsF) e de outras organizações.

Nesta sexta-feira, a OMS disse que a última semana foi o período em que foi registrado o maior número de casos - mais de 500 - desde o início do surto.

Há sérios problemas com a gestão de casos e prevenção e controle de infecção", diz relatório da organizção.

"A situação está piorando na Libéria e em Serra Leoa", países que não tem espaço suficiente nos centros de tratamento para acolher o enorme número de casos da doença, afirma o relatório.

Não se sabe como o universitário conseguiu entrar no país e o Senegal fechou sua fronteira com a Guiné.

O presidente do Médicos sem Fronteiras na França, Mego Terzian, disse que a OMS não está fazendo o suficiente para conter o surto.

O MsF dirige muitos dos centros de tratamento de ebola nos países africanos.

"Não vejo como, com as medidas tomadas atualmente, podemos controlar e interromper o surto", disse

Terzian pediu uma reação mais forte da comunidade internacional, dizendo que o Conselho de Segurança da ONU deveria tratar da questão. Ele também lembrou que há países com unidades médicas militares que poderiam ser muito úteis no combate à doença.

Fonte: Associated Press.

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