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Senadores dos EUA querem saber quanto empresas ganham com dados

A proposta alega falta de transparência desse mercado e prevê estabelecer também que as empresas detalhem quais informações dos usuários elas coletam

Facebook: rede social já indicou em seu balanço trimestral que cada usuário gera uma receita média de US$ 6,42 (Thomas White/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de junho de 2019 às 18h41.

Já se sabe que dados são dinheiro no mundo digital, mas, agora, uma nova legislação dos Estados Unidos quer forçar as empresas de tecnologia a revelarem exatamente o valor em dinheiro que elas ganham com os dados dos seus usuários. A informação é do site Axios.

A regra é uma iniciativa do senador Mark Warner, do estado de Virginia, e o senador Josh Hawley, de Missouri. A lei pretende estabelecer também que as empresas detalhem quais informações pessoais de usuários elas coletam. "Durante anos, redes sociais disseram aos consumidores que seus produtos são gratuitos aos usuários. Mas isso não é verdade; você está pagando com dados em vez da sua carteira", disse Warner em comunicado à imprensa. "Mas a falta de transparência e divulgação nesse mercado fazem com que seja impossível o usuário saber o que ele está oferecendo, com quem esse dado está sendo compartilhado, e o que a informação vale para a plataforma".

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Em balanço trimestral, o Facebook já revelou a média de receita arrecadada por usuário: em abril, esse número foi de US$ 6,42. A nova lei estabelece que a Securities and Exchange Comission (SEC), órgão regulador do mercado financeiro nos EUA, será responsável por desenvolver as técnicas para calcular o valor dos dados.

De acordo com a legislação, empresas com mais de 100 milhões de usuários ativos mensais terão que divulgar um relatório anual sobre o valor das informações de seus usuários, assim como o tipo das informações coletadas. Além disso, as companhias deverão revelar os acordos que possuam terceiros que envolvem esses dados. Por fim, os usuários terão o direito de deletar seus dados que foram coletados pelas redes sociais.

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