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Senadora dos EUA denuncia que foi violentada quando servia na Força Aérea

Republicana foi a primeira mulher do país a pilotar um caça em situação de combate; abuso partiu de um oficial de categoria superior

Martha McSally: "quase me afastei da Força Aérea com 18 anos de serviço devido ao meu desespero" (Mark Wilson/Getty Images)
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EFE

Publicado em 6 de março de 2019 às 19h56.

Washington, 6 mar (EFE).- A senadora americana Martha McSally, a primeira mulher do país a pilotar um caça em situação de combate, denunciou nesta quarta-feira que foi estuprada durante seu serviço na Força Aérea por um oficial de categoria superior.

"Fiquei em silêncio durante muitos anos, mas, mais adiante na minha carreira, enquanto os militares lidavam com os escândalos e suas respostas totalmente inadequadas, senti a necessidade que algumas pessoas soubessem que eu também era uma sobrevivente" disse McSally em uma audiência no Senado sobre agressões sexuais nas Forças Armadas.

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A republicana do Arizona, que serviu no exército durante 26 anos, disse que não denunciou a agressão então porque "não confiava no sistema" e acrescentou que estava "envergonhada e confusa" após o estupro.

"Quase me afastei da Força Aérea com 18 anos de serviço devido ao meu desespero. Como muitas vítimas, senti que o sistema estava me violentando de novo ", argumentou em seu discurso McSally, que não identificou seu agressor.

"Percorremos um longo caminho para deter o assédio sexual militar, mas temos ainda um longo caminho pela frente", acrescentou.

Após explicar esse episódio, McSally defendeu que os comandantes do exército "não devem ser eximidos da responsabilidade da tomada de decisões de prevenir, detectar e processar o assédio sexual militar".

Em janeiro, outra senadora republicana, Joni Ernst, tornou público que ela também foi violentada durante seus anos de estudante na Universidade Estadual de Iowa.

Depois de conhecer ambos testemunhos, o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, garantiu que a bancada que lidera "está aberta" para qualquer recomendação das senadoras para legislar neste campo.

"Isto obviamente é um grande problema e, se pudermos encontrar outra forma de abordá-lo, deveríamos fazê-lo", destacou o líder republicano. EFE

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