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Senador que comparou ministra negra a "orangotango" é condenado na Itália

Palavras causaram uma grande polêmica, e o senador teve que pedir perdão no Parlamento e reconhecer que cometeu "uma bobagem"

Justiça italiana condenou nesta segunda-feira a 18 meses de prisão o senador da Liga Norte Roberto Calderoli (Alessandro Bianchi/Reuters)
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EFE

Publicado em 14 de janeiro de 2019 às 17h32.

Roma - A Justiça italiana condenou nesta segunda-feira a 18 meses de prisão o senador da Liga Norte Roberto Calderoli por comparar em 2013 a ministra de Integração, Cécile Kyenge, originária da República Democrática do Congo, a um "orangotango".

O Tribunal de Bérgamo emitiu essa decisão, mas Calderoli não terá que ser preso porque a pena ficou suspensa.

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O senador fez esta comparação sobre Cécile, a única ministra negra do governo de Enrico Letta, em julho de 2013, durante um ato do seu partido em Treviglio.

"Eu me consolo quando navego na internet e vejo as fotografias do governo. Amo os animais, os ursos e lobos como é sabido, mas quando vejo as imagens de Kyenge não posso deixar de pensar em suas semelhanças com um orangotango, mesmo que eu não diga que ela seja um deles", disse então Calderoli, que foi ministro do último governo de Silvio Berlusconi.

As palavras causaram uma grande polêmica entre a classe e o senador teve que pedir perdão no Parlamento e reconhecer que cometeu "uma bobagem", algo que justificou argumentando que tinha se deixado levar pelo ímpeto do comício.

Cécile comemorou a decisão nas redes sociais e afirmou que, "embora a pena tenha sido suspensa, é uma condenação que vale para todos os que lutam contra o racismo".

Calderoli teve que apresentar sua renúncia como ministro em 2006, após a polêmica por conta de uma camisa que usou com ofensas ao islã.

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