Mundo

Senador John McCain diz que a diplomacia falhou na Síria

"A diplomacia com (o presidente sírio Bashar) al-Assad falhou e continuará a falhar enquanto Assad acreditar que pode vencer a oposição na Síria militarmente"

"Nestas condições, ninguém deve pensar que Assad vai parar de matar ou deixar o poder em curto prazo", acrescentaram McCain e Lieberman (©AFP / Umit Bektas)

"Nestas condições, ninguém deve pensar que Assad vai parar de matar ou deixar o poder em curto prazo", acrescentaram McCain e Lieberman (©AFP / Umit Bektas)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2012 às 16h02.

Washington - Os esforços diplomáticos para que o regime de Damasco coloque fim à sangrenta repressão contra a oposição falharam, afirmou nesta terça-feira o senador dos Estados Unidos John McCain, em visita ao campo de refugiados sírios na Turquia, na fronteira entre os dois países.

"Não me interpretem mal: a situação na Síria é um conflito armado. É uma guerra. A diplomacia com (o presidente sírio Bashar) al-Assad falhou e continuará a falhar enquanto Assad acreditar que pode vencer a oposição na Síria militarmente", declarou o senador republicano e seu colega independente Joe Lieberman, em um comunicado conjunto divulgado por Washington.

Os dois congressistas americanos visitaram o campo de refugiados sírios na Turquia nesta terça-feira, o dia que as tropas do regime de Damasco deveriam cessar toda a violência, tal como previsto pelo plano de paz do emissário internacional para a Síria, Kofi Annan. Os senadores explicaram que a visita em Hatay é distinta da de Kofi Annan, realizada neste mesmo dia.

"O massacre na Síria já provocou mais de 10.000 mortes. Esta não é uma luta de igualdade. Assad é fornecido pela Rússia e Irã", afirmaram os políticos na declaração, em referência a notícia de que "agentes iranianos estão no terreno" para ajudar o regime sírio.

"Nestas condições, ninguém deve pensar que Assad vai parar de matar ou deixar o poder em curto prazo", acrescentaram.

Reiteraram ainda o pedido de ajuda internacional para os rebeldes sírios. Esta ajuda incluiria a entrega de armas e ataques aéreos para subjugar o regime do presidente Assad.

"Depois da nossa visita, parece claro que os sírios e os nossos amigos na região estão se voltando para os Estados Unidos, que devem dar o exemplo na Síria", disseram.

Acompanhe tudo sobre:DitaduraEstados Unidos (EUA)Países ricosPrimavera árabeSíria

Mais de Mundo

Trump nomeia Chris Wright, executivo de petróleo, como secretário do Departamento de Energia

Milei se reunirá com Xi Jinping durante cúpula do G20

Lula encontra Guterres e defende continuidade do G20 Social

Venezuela liberta 10 detidos durante protestos pós-eleições