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Senador dos EUA diz ter apoio para aumentar controle de armas

Cornyn começou a promover esta reforma depois do tiroteio em massa que sacudiu a pequena cidade texana de Sutherland Springs em 5 de novembro

Congresso dos EUA: Cornyn, representante pelo Texas, informou hoje que conseguiu o apoio de seis legisladores a mais, fazendo com que o número total de apoios a esta legislação chegue a 62 (Karen Bleier/AFP)
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EFE

Publicado em 9 de março de 2018 às 15h37.

Washington - Um senador republicano dos Estados Unidos , John Cornyn, afirmou nesta sexta-feira ter apoios suficientes na Câmara Alta para aprovar um projeto de lei que reforce o sistema nacional de verificação de antecedentes usado para a compra de armas no país americano.

O escritório de Cornyn, representante pelo Texas, informou hoje que conseguiu o apoio de seis legisladores a mais, fazendo com que o número total de apoios a esta legislação chegue a 62.

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Este aumento significa que o apoio ultrapassa a barreira dos 60 votos necessários para superar o votação de procedimento, por isso que o projeto de lei passaria ao plenário e unicamente necessitaria de uma maioria mínima (51 de 100 senadores) para ser aprovado.

Esta legislação, conhecida como "Fix NICS Act", reforçará as leis existentes para garantir que as autoridades transmitam os antecedentes penais à base de dados do Sistema Nacional Instantâneo de Verificação de Antecedentes Criminais (NICS, em inglês), utilizado pelo FBI para comprovar em questão de minutos se alguém que solicita comprar uma arma cometeu algum crime.

Até agora, esta base de dados estava incompleta porque alguns estados e agências federais não cumprem com o requisito de informar ao NICS, por isso que a lei pretende sancionar aqueles entes que não fizerem e incentivar os estados que o documentem devidamente.

Cornyn começou a promover esta reforma depois do tiroteio em massa que sacudiu a pequena cidade texana de Sutherland Springs em 5 de novembro, data na qual um atirador matou 26 fiéis que estavam em uma igreja batista local.

O autor desse massacre, o ex-membro da Força Aérea dos EUA Devin Kelley, tinha antecedentes de abuso doméstico à ex-mulher e ao filho e tinha sido internado em um centro de saúde mental.

No entanto, a Força Aérea reconheceu que não tinha introduzido corretamente estes antecedentes na base de dados do FBI, por isso que Kelley não teve problemas para adquirir a arma e perpetrar um dos piores ataques na história recente dos Estados Unidos.

O último grande tiroteio, realizado em fevereiro por um jovem em uma escola de ensino médio de Parkland (Flórida) e que terminou com 17 vítimas mortais, reavivou o debate sobre o controle de armas no país e fez com que vários senadores reformulassem sua posição neste sentido.

Apesar destas intenções de mudança, a maioria dos republicanos não contempla aumentar a idade mínima de compra de armas, situada em 18 anos, ou proibir a venda de fuzis de assalto, consideradas de guerra e usadas nos últimos grandes tiroteios.

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