Senado: poucos minutos antes, o Senado também tinha rejeitado uma iniciativa bipartidária sobre imigração (Alex Wong/Getty Images)
EFE
Publicado em 15 de fevereiro de 2018 às 21h12.
Washington - O Senado dos Estados Unidos rejeitou nesta quinta-feira a proposta migratória apoiada pelo presidente Donald Trump que propunha a regularização de 1,8 milhão de imigrantes sem documentos em troca de US$ 25 bilhões para a construção do muro na fronteira com o México e incluía medidas para reduzir a imigração legal.
A proposta, que havia sido apresentada no Senado pelo republicano Chuck Grassley, conseguiu o apoio de 39 senadores, mas 60 votaram contra, ficando ainda longe de poder superar a barreira dos 60 votos no Senado, onde os republicanos têm maioria.
Poucos minutos antes, o Senado também tinha rejeitado uma iniciativa bipartidária que incluía um caminho para conceder a cidadania aos jovens sem documentos que chegaram aos Estados Unidos quando crianças, conhecidos como "dreamers" ("sonhadores"), e também recursos para o muro na fronteira com o México.
Essa outra proposta cumpria apenas dois dos quatro "pilares" que Trump tinha exigido para que qualquer projeto receba o apoio da Casa Branca.
Os outros dois - não incluídos no pacto - são cancelar a "loteria de vistos", que atribui 50 mil licenças de trabalho e residência ao ano a cidadãos de países com baixas taxas de migração aos EUA; e encerrar o atual sistema de reagrupamento familiar, conhecido pelos detratores como "migração em cadeia".
No debate de hoje, o Senado também rejeitou outras duas emendas que propunham diferentes soluções para mudar o sistema migratório.
A rejeição do Senado a todas as propostas migratórias devolve as negociações, que duraram meses, ao começo e, sobretudo, semeia dúvidas sobre a capacidade do Senado para encontrar uma solução para os "sonhadores".
Trump ordenou em setembro do ano passado o cancelamento do programa DACA (Ação Diferida para Chegadas na Infância), mas deu ao Congresso um prazo até 5 de março para encontrar uma solução permanente para os 690 mil jovens que atualmente podem viver e trabalhar nos EUA graças a esse plano.