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Senado dos EUA inicia julgamento do impeachment de Trump

Membros do Democratas criticaram as regras para o julgamento contra o presidente norte-americano e pretendem apresentar diversas emendas durante o processo

Trump: o republicano é o terceiro presidente dos Estados Unidos a passar por um processo de impeachment (Jonathan Ernst/Reuters)

Trump: o republicano é o terceiro presidente dos Estados Unidos a passar por um processo de impeachment (Jonathan Ernst/Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de janeiro de 2020 às 18h01.

Washington — O julgamento político do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, começou nesta terça-feira, no Senado, cujos membros debaterão durante horas sobre as regras do processo de impeachment.

"Começamos o terceiro julgamento de impeachment de um presidente da história dos EUA", disse o líder republicano do Senado, Mitch McConnell, pouco antes do início formal do processo.

O presidente da Suprema Corte, John Roberts, que assumiu na semana passada o cargo de chefe temporário do Senado durante o impeachment, deu início ao processo com uma série de medidas burocráticas, incluindo o juramento do senador republicano Jim Inhofe, o único membro que faltava do júri do processo.

McConnell apresentou então a resolução para as regras do impeachment, que prevê 24 horas repartidas ao longo de três dias para os argumentos de cada parte, ao contrário da sua proposta inicial, de dois dias.

O líder da maioria republicana no Congresso modificou o plano inicial após receber críticas de que as sessões poderiam se estender até a madrugada.

McConnell anunciou que o Senado não concluirá a sessão de hoje até que as regras finais do processo sejam aprovadas, o que promete prolongar o debate por várias horas, já que os democratas planejam apresentar várias emendas, e cada uma delas pode gerar uma longa discussão.

"A resolução de McConnell pode resultar num julgamento rápido, com poucas provas e na calada da noite", advertiu o líder da minoria democrata do Senado, Chuck Schumer.

Um dos promotores democratas na Câmara dos Representantes, Adam Schiff, expressou formalmente a oposição a essas regras no início do julgamento, enquanto o advogado da Casa Branca Pat Cipollone as apoiou fortemente.

"(As regras seriam) uma maneira justa de conduzir este julgamento", disse o advogado de Trump.

Schumer disse que "as ações do presidente são um crime contra a própria democracia", e pediu a inclusão de provas e a convocação de novas testemunhas.

"O presidente Trump é acusado de coagir um líder estrangeiro (o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelenski) a interferir nas nossas eleições", disse Schumer.

O julgamento de Trump será baseado em duas acusações: abuso de poder e obstrução ao Congresso, relacionadas à pressão sobre a Ucrânia para investigar um de seus potenciais rivais nas eleições de 2020, o ex-vice-presidente Joe Biden.

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