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Senado discute cassação de Berlusconi, que mantém ameaça

Ex-primeiro-ministro está ameaçado de perder o mandato parlamentar depois de ter sido condenado num processo de fraude fiscal

Membros do Comitê do Senado italiano para imunidade participam de uma reunião em Roma sobre a situação do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi (Tony Gentile/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2013 às 21h50.

Roma - Um aliado de Silvio Berlusconi alertou nesta segunda-feira que seu partido pode abandonar a coalizão de governo se uma comissão do Senado se recusar a adiar uma decisão sobre a cassação do ex-primeiro-ministro.

Berlusconi, de 76 anos, homem mais rico do país, está ameaçado de perder o mandato parlamentar depois de ter sido condenado num processo de fraude fiscal. Mas uma eventual retaliação do partido Povo da Liberdade poderia levar à queda da coalizão liderada pelo social-democrata Enrico Letta.

O primeiro dia de deliberações da comissão foi marcado por manobras do PDL para tentar adiar a decisão até depois da tramitação do recurso de Berlusconi junto à Corte Europeia de Direitos Humanos, o que pode levar vários meses.

Membros do Partido Democrata (centro-esquerda) e do movimento alternativo 5 Estrelas, que não participa do governo, rejeitaram a manobra, e provavelmente manterão a tramitação do processo de cassação.

Renato Schifani, líder da bancada do PDL, disse que a atitude foi "inaceitável" e ameaçou precipitar uma crise já na próxima reunião da comissão, marcada para a noite de terça-feira.

"Os sinais que emanam da comissão apontam para um muro de tijolos", disse Schifani a uma TV. "Se for isso que acontecer, não acho que possamos falar em haver uma maioria apoiando o governo." Juntos, o PD e o 5 Estrelas têm 14 dos 23 membros da comissão. A cassação de Berlusconi dependeria de uma votação no plenário do Senado. A eventual retirada do apoio do PDL a Letta poderia levar à convocação de novas eleições.

Berlusconi, condenado a quatro anos de prisão pela acusação de ter comandado uma fraude na compra de direitos televisivos para a sua empresa Mediaset, se diz vítima de uma perseguição política de magistrados esquerdistas. O PDL também acusa o PD de usar manobras jurídicas para eliminar um rival que não pôde ser aniquilado nas urnas.

Os mercados financeiros veem a crise política com crescente preocupação, e os juros pagos nos títulos públicos italianos voltaram a subir, à espera de um leilão de bônus com vencimento em médio prazo, na quinta-feira.

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Roma - Um aliado de Silvio Berlusconi alertou nesta segunda-feira que seu partido pode abandonar a coalizão de governo se uma comissão do Senado se recusar a adiar uma decisão sobre a cassação do ex-primeiro-ministro.

Berlusconi, de 76 anos, homem mais rico do país, está ameaçado de perder o mandato parlamentar depois de ter sido condenado num processo de fraude fiscal. Mas uma eventual retaliação do partido Povo da Liberdade poderia levar à queda da coalizão liderada pelo social-democrata Enrico Letta.

O primeiro dia de deliberações da comissão foi marcado por manobras do PDL para tentar adiar a decisão até depois da tramitação do recurso de Berlusconi junto à Corte Europeia de Direitos Humanos, o que pode levar vários meses.

Membros do Partido Democrata (centro-esquerda) e do movimento alternativo 5 Estrelas, que não participa do governo, rejeitaram a manobra, e provavelmente manterão a tramitação do processo de cassação.

Renato Schifani, líder da bancada do PDL, disse que a atitude foi "inaceitável" e ameaçou precipitar uma crise já na próxima reunião da comissão, marcada para a noite de terça-feira.

"Os sinais que emanam da comissão apontam para um muro de tijolos", disse Schifani a uma TV. "Se for isso que acontecer, não acho que possamos falar em haver uma maioria apoiando o governo." Juntos, o PD e o 5 Estrelas têm 14 dos 23 membros da comissão. A cassação de Berlusconi dependeria de uma votação no plenário do Senado. A eventual retirada do apoio do PDL a Letta poderia levar à convocação de novas eleições.

Berlusconi, condenado a quatro anos de prisão pela acusação de ter comandado uma fraude na compra de direitos televisivos para a sua empresa Mediaset, se diz vítima de uma perseguição política de magistrados esquerdistas. O PDL também acusa o PD de usar manobras jurídicas para eliminar um rival que não pôde ser aniquilado nas urnas.

Os mercados financeiros veem a crise política com crescente preocupação, e os juros pagos nos títulos públicos italianos voltaram a subir, à espera de um leilão de bônus com vencimento em médio prazo, na quinta-feira.

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