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Sem térmica, 1,5% dos reservatórios serão consumidos por mês

As usinas a óleo (combustível e diesel) são as mais caras entre as térmicas e a interrupção de seu funcionamento trará uma economia de R$ 1,4 bilhão por mês


	Usina de geração de energia movida a carvão: as termelétricas foram ligadas para garantir o fornecimento de energia no país, em decorrência do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas.
 (©AFP/Arquivo / Saul Loeb)

Usina de geração de energia movida a carvão: as termelétricas foram ligadas para garantir o fornecimento de energia no país, em decorrência do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas. (©AFP/Arquivo / Saul Loeb)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2013 às 23h05.

Rio de Janeiro – O desligamento das 34 usinas térmicas a óleo combustível e diesel, que estavam em funcionamento desde outubro de 2012, consumirá 1,5 ponto percentual dos reservatórios das hidrelétricas por mês, estimou hoje (4) o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp. Até novembro, são cerca de 8 pontos percentuais.

As usinas a óleo (combustível e diesel) são as mais caras entre as térmicas e a interrupção de seu funcionamento trará uma economia de R$ 1,4 bilhão por mês aos cofres públicos, o que corresponde a dois terços do gasto total com as termelétricas nos últimos meses. Além do alto custo, as usinas térmicas são mais poluentes que as hidrelétricas, e por esses dois motivos o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) optou pelo desligamento. As termelétricas foram ligadas para garantir o fornecimento de energia no país, em decorrência do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas.

Nos próximos dez dias, a situação não deve ser alterada. Porém, segundo Chipp, ainda não é possível saber se as usinas terão de ser religadas nos próximos meses, devido à dificuldade de se prever as condições climáticas e dos reservatórios com antecedência.

"Se a hidrologia não continuar boa, a gente vai voltar com as térmicas, em blocos, da mais barata para a mais cara. Se a situação melhorar, com uma antecipação do período úmido, e começar a chover na Região Sudeste, como foi em 2011, podemos desligar até mesmo as usinas a gás", explicou o diretor-geral.

O ONS se reunirá com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e com o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos para discutir investimentos e aperfeiçoamento do setor de meteorologia.

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