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Secretário-geral da ONU denuncia emergência do "populismo"

Guterres fez um apelo para "resistir com a maior firmeza ante aqueles que desejam restabelecer a tortura"

Antonio Guterres: o secretário-geral também lamentou as discriminações e abusos ocorridos em todo o mundo (Denis Balibouse/Reuters)

Antonio Guterres: o secretário-geral também lamentou as discriminações e abusos ocorridos em todo o mundo (Denis Balibouse/Reuters)

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AFP

Publicado em 27 de fevereiro de 2017 às 10h27.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, lamentou nesta segunda-feira, no Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas, a emergência do "populismo", que chamou de "fenômeno perverso", e fez uma advertência aos que desejam restabelecer a tortura.

"Vemos prosperar o fenômeno perverso do populismo e do extremismo em um contexto de crescente onda racista, xenófoba, antissemita e islamofóbica, entre outras formas de intolerância", declarou Guterres, ao abrir a 34ª sessão do Conselho.

Guterres fez um apelo para "resistir com a maior firmeza ante aqueles que desejam restabelecer a tortura, um ato covarde que não permite obter informações utilizáveis e que desonra o país que a pratica".

O Alto Comissário dos Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein, divulgou uma mensagem forte aos"atores políticos que (...) ameaçam o sistema multilateral ou têm a intenção de retirar-se parcialmente" do sistema.

"Não permaneceremos sentados. Nossos direitos, os direitos dos demais, o futuro do planeta não podem, não devem ser excluídos por aproveitadores políticos" declarou Zeid.

Guterres disse que "as minorias, as comunidades autóctones e outros grupos sofrem discriminações e abusos em todo o mundo. E o mesmo acontece com a comunidade LGBT".

"Os direitos dos refugiados e dos migrantes são gravemente questionados (...) Diante da multidão de pessoas fogem da guerra, a comunidade internacional não deve fugir de suas responsabilidades", completou.

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