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Saúde de Mubarak piora e ele recusa tratamento, diz jornal

Segundo o jornal saudita Asharq al-Awsat, o ex-ditador se recusa a viajar para o exterior para receber o tratamento adequado

Mubarak: informações desencontradas sobre a saúde do ex-ditador (Getty Images)

Mubarak: informações desencontradas sobre a saúde do ex-ditador (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2011 às 14h48.

Cairo - A saúde do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak, de 82 anos, está se deteriorando e ele se recusa a viajar para o exterior para receber tratamento médico, segundo informou nesta terça-feira o diário Asharq al-Awsat, de propriedade de um saudita.

Uma fonte militar disse à Reuters que Mubarak estava "respirando", mas não quis dar detalhes sobre sua condição. Outra fonte egípcia, que era próxima da Presidência afirmou: "Ele está bem".

"O que é certo é que seu estado de saúde está piorando drasticamente. Além disso, há informação de que ele se recusa a receber o necessário tratamento médico", assinalou o jornal em sua edição online, citando como fonte um ex-alto funcionário da segurança egípcia ligado ao alto comando militar do Egito.

O Conselho Superior Militar assumiu o comando do país depois da renúncia de Mubarak, na sexta-feira, após duas semanas de grandes manifestações de protesto contra seus 30 anos de governo.

A notícia do Asharq al-Awsat diz que Mubarak se recusou a viajar para a Alemanha para tratamento. Ele passou por uma cirurgia na vesícula biliar no ano passado, na Alemanha, e depois disso os rumores sobre sua saúde se tornaram frequentes.

"Mubarak se recusa a isso (viajar para o exterior)", diz o jornal, citando sua fonte. "Ele pediu àqueles que o cercam que lhe permitam morrer em seu país, e acredito que isto seja apenas questão de tempo."

Em seu discurso final à nação, quando ainda se agarrava ao poder, Mubarak afirmou que iria morrer no Egito.

As especulações sobre sua saúde vêm aumentando e incluem relatos de que ele teria morrido. Mas diplomatas árabes, entre os quais um egípcio, disseram não ter ouvido nada sobre a morte de Mubarak.

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