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Sarkozy pede mais disciplina para Europa recuperar credibilidade

Presidente da França se reunirá com a chanceler alemã, Angela Merkel, na segunda-feira para apresentar propostas que garantam "o futuro" do continente

Sarkozy destacou que fará "todo o possível para que França e Alemanha entrem em acordo e sejam o polo de unidade" para reforçar a Europa (David Ramos/Getty Images)

Sarkozy destacou que fará "todo o possível para que França e Alemanha entrem em acordo e sejam o polo de unidade" para reforçar a Europa (David Ramos/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2011 às 17h51.

Paris - O presidente da França, Nicolas Sarkozy, ressaltou nesta quinta-feira a necessidade de "voltar a fundar" uma Europa e restaurar sua credibilidade e confiança com base na disciplina e anunciou que na segunda-feira se reunirá com a chanceler alemã, Angela Merkel, para apresentar propostas que garantam "o futuro" do continente.

Em discurso na cidade de Toulon, no sudeste da França, a mesma na qual em setembro de 2008 arremeteu contra os desvios do capitalismo, Sarkozy destacou que fará "todo o possível para que França e Alemanha entrem em acordo e sejam o polo de unidade" para reforçar a Europa.

Essa convergência franco-alemã passa, segundo Sarkozy, pela reforma dos "imperfeitos" tratados de Maastricht e de Schengen, mas o líder francês não acha necessário modificar a atuação do Banco Central Europeu (BCE), que "tem um papel determinante, é independente e será mantido".

"Se Alemanha e França se unem, toda Europa se une e se fortalece", disse o presidente perante um auditório de cinco mil pessoas, para ressaltar que a convergência "ajuda a paz" e não significa que um país está atrás de outro.

A Europa "não é uma opção, mas uma necessidade", acrescentou Sarkozy, pedindo "mais solidariedade", e lembrando que "mais solidariedade exige mais disciplina".

Seu discurso, de uma hora de duração e que acabou com o hino da França, serviu também para que Sarkozy considerasse que a crise deixará lições importantes e que "defender o euro é defender Europa".

"Examinemos juntos nosso orçamentos, instauremos sanções mais rápidas e mais severas para os que não respeitam seu compromisso", comentou, salientando que a refundação da Europa não implica "avançar para uma maior supranacionalidade", mas para um "continente mais democrático".

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