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Sarkozy é questionado sobre fundos de campanha de 2007

Ex-presidente foi interrogado por magistrados que tentam determinar se ele recebeu fundos ilegais de campanha da mulher mais rica da França

Sarkozy nega qualquer irregularidade, mas qualquer investigação legal pode manchá-lo com suspeitas que podem danificar suas chances de concorrer na eleição de 2017 (Antônio Cruz/ABr)
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Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2012 às 12h01.

Bordeaux - O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy foi interrogado nesta quinta-feira por magistrados que tentam determinar se ele recebeu fundos ilegais de campanha da mulher mais rica da França, quando ele concorreu à Presidência em 2007.

Foi a primeira vez desde que ele perdeu a Presidência --e a imunidade jurídica ligada a ela-- em maio que ele foi questionado sobre o escândalo que poderia prejudicar qualquer tentativa de retorno futuro, algo pelo qual muitos conservadores estão ansiando.

Centenas de policiais montavam guarda enquanto Sarkozy, de 57 anos, chegava para enfrentar os investigadores a portas fechadas no Palácio da Justiça, na cidade de Bordeaux, sudoeste da França.

Em um inquérito mais amplo, os magistrados estão avaliando 4 milhões de euros (5 milhões de dólares) de saques das contas bancárias suíças de Liliane Bettencourt, herdeira do império de cosméticos L'Oreal.

Sarkozy nega qualquer irregularidade, mas qualquer investigação legal pode manchá-lo com suspeitas que podem danificar suas chances de concorrer na eleição presidencial de 2017, que uma pesquisa recente mostrou que 52 por cento de seus partidários querem vê-lo na disputa.

Esse apoio é duas a três vezes maior do que o de qualquer um dos dois homens lutando para sucedê-lo, François Fillon e Jean-Francois Cope. Uma disputa indecorosa pela liderança entre os dois aprofundou fissuras ideológicas dentro do partido de centro-direita UMP.


Como parte da investigação sobre as relações financeiras com Bettencourt, a polícia invadiu a residência de Sarkozy e seus escritórios em Paris, em julho.

O juiz Jean-Michel Gentil pode decidir, após sua primeira sessão de perguntas, se coloca Sarkozy em uma investigação judicial completa.

Tais investigações não conduzem automaticamente a um julgamento e muitas vezes leva meses ou anos para serem concluídas.

Suspeitas iniciais foram alimentadas três anos atrás quando uma mulher que trabalhava como contadora para a mentalmente frágil Bettencourt, agora com 90 anos, alegou que os saques foram destinados para a campanha de Sarkozy.

O caso Bettencourt não é a única nuvem no horizonte do ex-presidente.

Advogados também estão exigindo que Sarkozy se explique em outros dois casos, um relativo aos termos de uma venda de submarinos para o Paquistão e outro sobre despesas em pesquisas de opinião por seu gabinete, quando ele era presidente.

Desde sua derrota nas eleições para o esquerdista François Hollande --que levou o UMP para a oposição depois de uma década no poder-- Sarkozy seguiu a carreira de outros ex-líderes, como Bill Clinton e Tony Blair, tornando-se um palestrante estrela.

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Foi a primeira vez desde que ele perdeu a Presidência --e a imunidade jurídica ligada a ela-- em maio que ele foi questionado sobre o escândalo que poderia prejudicar qualquer tentativa de retorno futuro, algo pelo qual muitos conservadores estão ansiando.

Centenas de policiais montavam guarda enquanto Sarkozy, de 57 anos, chegava para enfrentar os investigadores a portas fechadas no Palácio da Justiça, na cidade de Bordeaux, sudoeste da França.

Em um inquérito mais amplo, os magistrados estão avaliando 4 milhões de euros (5 milhões de dólares) de saques das contas bancárias suíças de Liliane Bettencourt, herdeira do império de cosméticos L'Oreal.

Sarkozy nega qualquer irregularidade, mas qualquer investigação legal pode manchá-lo com suspeitas que podem danificar suas chances de concorrer na eleição presidencial de 2017, que uma pesquisa recente mostrou que 52 por cento de seus partidários querem vê-lo na disputa.

Esse apoio é duas a três vezes maior do que o de qualquer um dos dois homens lutando para sucedê-lo, François Fillon e Jean-Francois Cope. Uma disputa indecorosa pela liderança entre os dois aprofundou fissuras ideológicas dentro do partido de centro-direita UMP.


Como parte da investigação sobre as relações financeiras com Bettencourt, a polícia invadiu a residência de Sarkozy e seus escritórios em Paris, em julho.

O juiz Jean-Michel Gentil pode decidir, após sua primeira sessão de perguntas, se coloca Sarkozy em uma investigação judicial completa.

Tais investigações não conduzem automaticamente a um julgamento e muitas vezes leva meses ou anos para serem concluídas.

Suspeitas iniciais foram alimentadas três anos atrás quando uma mulher que trabalhava como contadora para a mentalmente frágil Bettencourt, agora com 90 anos, alegou que os saques foram destinados para a campanha de Sarkozy.

O caso Bettencourt não é a única nuvem no horizonte do ex-presidente.

Advogados também estão exigindo que Sarkozy se explique em outros dois casos, um relativo aos termos de uma venda de submarinos para o Paquistão e outro sobre despesas em pesquisas de opinião por seu gabinete, quando ele era presidente.

Desde sua derrota nas eleições para o esquerdista François Hollande --que levou o UMP para a oposição depois de uma década no poder-- Sarkozy seguiu a carreira de outros ex-líderes, como Bill Clinton e Tony Blair, tornando-se um palestrante estrela.

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