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Sarkozy é acusado de ter se aproveitado da dona da L'Oreal

Os juízes queriam determinar quantas vezes Sarkozy visitou o domicílio da mulher durante a campanha, para comprovar se abusou da fraqueza da herdeira para obter fundos

A procuradoria circunscreveu o suposto abuso ao ano de 2007 e, se for confirmado o abuso, Sarkozy pode ser condenado a três anos de prisão, 375 mil euros de multa e cinco anos inabilitação (Stephane Mahe/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2013 às 21h46.

Paris - O ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy , foi indiciado nesta quinta-feira por abuso de fraqueza no caso da multimilionária Liliane Bettencourt, dentro da investigação aberta sobre o suposto financiamento ilegal da campanha que o levou ao Palácio do Eliseu em 2007.

O ex-chefe de Estado, que até agora gozava do status de "testemunha assistida", depôs hoje no Palácio de Justiça de Bordeaux durante várias horas, nas quais foi realizada uma acareação com o mordomo de Bettencourt, Pascal Bonnefoy.

Os juízes queriam determinar hoje quantas vezes o ex-presidente visitou o domicílio da mulher durante a campanha, com o objetivo de comprovar se abusou da fraqueza da herdeira do império cosmético L'Oréal para conseguir fundos.

A procuradoria circunscreveu o suposto abuso ao ano de 2007 e, se for confirmado o abuso, Sarkozy pode ser condenado a três anos de prisão, 375 mil euros de multa e cinco anos inabilitação.

Seu advogado, Thierry Herzog, considerou hoje a acusação "injusta e incoerente" e assegurou que vai recorrer "imediatamente" perante o Tribunal de Apelação de Bordeaux.

"O Senhor Sarkozy não está acima da lei", declarou por sua parte o advogado de Bonnefoy, Antoine Gillot, cujo cliente garante que Sarkozy visitou Bettencourt em várias ocasiões, diferente da única vez confirmada pelo ex-presidente.

A octogenária, segundo foi revelado em outubro de 2011, sofre uma "demência mista" e o mal de Alzheimer em um "estado moderadamente severo", e a suspeita que Sarkozy pôde ter se aproveitado de seus problemas mentais para conseguir fundos partiu do testemunho da antiga contadora de Bettencourt, Claire Thibout.


Em 2010, Claire declarou à polícia que três anos antes o administrador da família, Patrice de Maistre, lhe pediu 150 mil euros em dinheiro para entregar ao então tesoureiro da campanha eleitoral de Sarkozy, Eric Woerth.

A suspeita se reforçava pelo fato de que, segundo davam a entender as agendas confiscadas no escritório e no domicílio de Sarkozy, este se reuniu várias vezes com Bettencourt e manteve outras tantas reuniões com outros protagonistas do caso.

O caso foi revelado por acaso dentro de uma investigação paralela por uma disputa familiar levada aos tribunais pela filha de Bettencourt, Françoise Meyers, e Sarkozy é o 17º indiciado.

Em novembro de 2012 e após um interrogatório que se prolongou durante mais de 12 horas nesse mesmo Palácio de Justiça, Sarkozy saiu apenas com o status de testemunha assistida, o que significava que naquele momento não havia provas suficientes contra ele, mas que podia ser chamado de novo para depor.

Os meios de comunicação especularam hoje a possibilidade de os juízes decidirem impedi-lo de viajar ou inclusive retirar seu passaporte.

Este caso transformou Sarkozy no segundo presidente a depor perante a Justiça após sua saída do Eliseu, depois de Jacques Chirac, condenado em dezembro de 2011 a dois anos de prisão isentos de cumprimento por um caso de corrupção e financiamento ilícito de partidos.

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O ex-chefe de Estado, que até agora gozava do status de "testemunha assistida", depôs hoje no Palácio de Justiça de Bordeaux durante várias horas, nas quais foi realizada uma acareação com o mordomo de Bettencourt, Pascal Bonnefoy.

Os juízes queriam determinar hoje quantas vezes o ex-presidente visitou o domicílio da mulher durante a campanha, com o objetivo de comprovar se abusou da fraqueza da herdeira do império cosmético L'Oréal para conseguir fundos.

A procuradoria circunscreveu o suposto abuso ao ano de 2007 e, se for confirmado o abuso, Sarkozy pode ser condenado a três anos de prisão, 375 mil euros de multa e cinco anos inabilitação.

Seu advogado, Thierry Herzog, considerou hoje a acusação "injusta e incoerente" e assegurou que vai recorrer "imediatamente" perante o Tribunal de Apelação de Bordeaux.

"O Senhor Sarkozy não está acima da lei", declarou por sua parte o advogado de Bonnefoy, Antoine Gillot, cujo cliente garante que Sarkozy visitou Bettencourt em várias ocasiões, diferente da única vez confirmada pelo ex-presidente.

A octogenária, segundo foi revelado em outubro de 2011, sofre uma "demência mista" e o mal de Alzheimer em um "estado moderadamente severo", e a suspeita que Sarkozy pôde ter se aproveitado de seus problemas mentais para conseguir fundos partiu do testemunho da antiga contadora de Bettencourt, Claire Thibout.


Em 2010, Claire declarou à polícia que três anos antes o administrador da família, Patrice de Maistre, lhe pediu 150 mil euros em dinheiro para entregar ao então tesoureiro da campanha eleitoral de Sarkozy, Eric Woerth.

A suspeita se reforçava pelo fato de que, segundo davam a entender as agendas confiscadas no escritório e no domicílio de Sarkozy, este se reuniu várias vezes com Bettencourt e manteve outras tantas reuniões com outros protagonistas do caso.

O caso foi revelado por acaso dentro de uma investigação paralela por uma disputa familiar levada aos tribunais pela filha de Bettencourt, Françoise Meyers, e Sarkozy é o 17º indiciado.

Em novembro de 2012 e após um interrogatório que se prolongou durante mais de 12 horas nesse mesmo Palácio de Justiça, Sarkozy saiu apenas com o status de testemunha assistida, o que significava que naquele momento não havia provas suficientes contra ele, mas que podia ser chamado de novo para depor.

Os meios de comunicação especularam hoje a possibilidade de os juízes decidirem impedi-lo de viajar ou inclusive retirar seu passaporte.

Este caso transformou Sarkozy no segundo presidente a depor perante a Justiça após sua saída do Eliseu, depois de Jacques Chirac, condenado em dezembro de 2011 a dois anos de prisão isentos de cumprimento por um caso de corrupção e financiamento ilícito de partidos.

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