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Sargento que matou civis afegãos chega aos EUA

Robert Bales, 38 anos, foi confirmado como o autor do massacre por um oficial americano, que pediu para não ser identificado

Líderes afegãos exigem que o suspeito seja levado a um tribunal por conta dos assassinatos (Scott Olson/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de março de 2012 às 23h51.

Washington - O sargento americano Robert Bales, acusado de matar 16 civis afegãos, foi transferido nesta sexta-feira de uma base no Kuwait para a prisão militar de Fort Leavenworth, no Kansas, informaram as redes de televisão dos EUA.

Robert Bales, 38 anos, foi confirmado como o autor do massacre por um oficial americano, que pediu para não ser identificado.

O advogado de defesa do militar, John Henry Browne, disse à imprensa americana que seu cliente sofreu um ferimento sério causado por um colega um dia antes do massacre, mas que ele não tinha animosidade em relação a afegãos.

"Investigadores tem razão ao afirmar que o álcool foi um fator decisivo neste incidente", destacou uma autoridade americana que não quis se identificar.

Líderes afegãos exigem que o suspeito seja levado a um tribunal por conta dos assassinatos.

O presidente afegão, Hamid Karzai, criticou nesta sexta-feira Washington pelo massacre, um dia depois de dizer que as forças internacionais deveriam sair dos vilarejos de seu país, colocando em perigo as operações da Otan, dois anos antes do prazo para as tropas deixarem o Afeganistão.

Karzai também afirmou que "o governo afegão não recebeu qualquer cooperação de parte dos Estados Unidos" para julgar o autor do massacre no Afeganistão.


"Isto já leva muito tempo. Este comportamento não poderá ser mais tolerado. Não pedimos dinheiro, queremos justiça. Foi um ato intencional perpetrado por soldados americanos. Queremos respostas quando perguntamos porque mataram civis e exigimos que sejam castigados".

O presidente americano, Barack Obama, e Karzai reafirmaram nesta sexta-feira, em conversa por telefone, o objetivo de retirar as forças internacionais do Afeganistão no fim de 2014.

Na quinta-feira, Karzai revelou que Cabul planejava assumir a partir de 2013 a segurança no país, substituindo as forças da Otan (Isaf), e não no fim de 2014, como estava previsto até agora.

Mas, segundo um comunicado da Casa Branca, os dois presidentes reafirmaram que "as forças afegãs concluirão o processo de transição e assumirão a total responsabilidade pela segurança no conjunto do país no final de 2014".

A Casa Branca enfatiza que, a partir de 2013, "a direção das operações de combate passará progressivamente para as forças afegãs" e que as forças americanas terão um papel de apoio.

O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, informou à imprensa que os dois chefes de Estado discutiram "a preocupação de longa data de Karzai pelas incursões noturnas e a revista de casas".

Eles se comprometeram a concluir as negociações para um acordo que atenda a estas inquietações, acrescentou Carney, destacando que os dois presidentes estavam em sintomia com relação ao processo de transição no Afeganistão.

Karzai solicitou na quinta-feira que as forças internacionais, dois terços dos quais são de militares americanos, "sejam retiradas dos povoados afegãos e reposicionadas nas bases" principais.

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Washington - O sargento americano Robert Bales, acusado de matar 16 civis afegãos, foi transferido nesta sexta-feira de uma base no Kuwait para a prisão militar de Fort Leavenworth, no Kansas, informaram as redes de televisão dos EUA.

Robert Bales, 38 anos, foi confirmado como o autor do massacre por um oficial americano, que pediu para não ser identificado.

O advogado de defesa do militar, John Henry Browne, disse à imprensa americana que seu cliente sofreu um ferimento sério causado por um colega um dia antes do massacre, mas que ele não tinha animosidade em relação a afegãos.

"Investigadores tem razão ao afirmar que o álcool foi um fator decisivo neste incidente", destacou uma autoridade americana que não quis se identificar.

Líderes afegãos exigem que o suspeito seja levado a um tribunal por conta dos assassinatos.

O presidente afegão, Hamid Karzai, criticou nesta sexta-feira Washington pelo massacre, um dia depois de dizer que as forças internacionais deveriam sair dos vilarejos de seu país, colocando em perigo as operações da Otan, dois anos antes do prazo para as tropas deixarem o Afeganistão.

Karzai também afirmou que "o governo afegão não recebeu qualquer cooperação de parte dos Estados Unidos" para julgar o autor do massacre no Afeganistão.


"Isto já leva muito tempo. Este comportamento não poderá ser mais tolerado. Não pedimos dinheiro, queremos justiça. Foi um ato intencional perpetrado por soldados americanos. Queremos respostas quando perguntamos porque mataram civis e exigimos que sejam castigados".

O presidente americano, Barack Obama, e Karzai reafirmaram nesta sexta-feira, em conversa por telefone, o objetivo de retirar as forças internacionais do Afeganistão no fim de 2014.

Na quinta-feira, Karzai revelou que Cabul planejava assumir a partir de 2013 a segurança no país, substituindo as forças da Otan (Isaf), e não no fim de 2014, como estava previsto até agora.

Mas, segundo um comunicado da Casa Branca, os dois presidentes reafirmaram que "as forças afegãs concluirão o processo de transição e assumirão a total responsabilidade pela segurança no conjunto do país no final de 2014".

A Casa Branca enfatiza que, a partir de 2013, "a direção das operações de combate passará progressivamente para as forças afegãs" e que as forças americanas terão um papel de apoio.

O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, informou à imprensa que os dois chefes de Estado discutiram "a preocupação de longa data de Karzai pelas incursões noturnas e a revista de casas".

Eles se comprometeram a concluir as negociações para um acordo que atenda a estas inquietações, acrescentou Carney, destacando que os dois presidentes estavam em sintomia com relação ao processo de transição no Afeganistão.

Karzai solicitou na quinta-feira que as forças internacionais, dois terços dos quais são de militares americanos, "sejam retiradas dos povoados afegãos e reposicionadas nas bases" principais.

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