Saques no estado natal de Hugo Chávez deixam 7 mortos
O comandante geral da Guarda Nacional Bolivariana comentou que sete pessoas morreram por incidentes de violência ocorridos em locais de protesto
EFE
Publicado em 24 de maio de 2017 às 22h34.
Caracas - O comandante geral da Guarda Nacional Bolivariana, Antonio Benavides, informou nesta quarta-feira que sete pessoas morreram nos últimos dias e 107 foram detidas como resultado dos saques no estado venezuelano de Barinas, onde nasceu o ex-presidente Hugo Chávez.
"Temos uma grande quantidade de feridos por arma de fogo e por outros objetos", analisou o general da polícia à emissora estatal "VTV" desse estado.
Benavides comentou que sete pessoas morreram por incidentes de violência ocorridos em locais de protesto e afirmou que as mortes foram "consequência do uso de arma de fogo".
"Temos, pela Guarda Nacional Bolivariana, 107 detidos por incidentes contra a propriedade pública e a propriedade privada", acrescentou o oficial, que informou que os apreendidos serão levados a tribunais e à promotoria militar.
De acordo com o general, a polícia mobilizou patrulhas na região para manter a vigilância terrestre e aérea, de modo que as pessoas "possam ter a sensação de segurança e confiança".
Além disso, denunciou que vários "delinquentes se aproveitaram da situação para alterar a ordem pública" e classificou os saques como "assaltos".
Segundo relatos de vários dirigentes da oposição venezuelana e da imprensa local, mais de cem estabelecimentos comerciais foram afetados pelos distúrbios desta semana em Barinas, apesar das autoridades não terem divulgado números.
A procuradora-geral, Luisa Ortega, disse nesta quarta-feira que 346 propriedades públicas e privadas foram "queimadas ou saqueadas" em vários estados do país durante a atual onda de protestos iniciados no dia 1º de abril e que deixou 55 mortos e mil feridos.