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Santos rejeita Constituinte para resolver crise na Venezuela

O presidente da Colômbia afirmou que a Constituinte "não é a saída adequada" e cobrou o país sobre um maior respeito aos poderes

Juan Manuel Santos: "O pior que pode acontecer aos colombianos é uma implosão no país vizinho", disse (Jaime Saldarriaga/Reuters)
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AFP

Publicado em 8 de maio de 2017 às 16h16.

O presidente da Colômbia , Juan Manuel Santos, rejeitou nesta segunda-feira que a Constituinte impulsionada pelo presidente Nicolás Maduro na Venezuela resolva a crise neste país, e pediu eleições.

"Não é a saída adequada", disse Santos em uma entrevista à RCN Radio, consultado sobre a Assembleia Nacional Constituinte "popular" proposta na semana passada por Maduro para "garantir a paz", em meio a uma onda de manifestações cidadãs desde 1º de abril pedindo eleições, que já deixa 36 mortos e centenas de feridos.

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Na Venezuela estão pendentes as eleições de governadores, que deveriam ter sido realizadas em 2016, de prefeitos de 2017 e presidenciais de 2018.

Para os opositores, com a Constituinte Maduro busca se perpetuar no poder, ao consolidar um "golpe de Estado" que, segundo eles, começou quando o máximo tribunal de justiça assumiu temporariamente - no fim de março - as funções do Parlamento, único poder do Estado que a oposição controla.

"Dissemos claramente: primeiro é um calendário eleitoral, segundo é que se respeite a Assembleia legislativa, que devolvam seus poderes, ou seja, que a Constituição seja cumprida; e dentro deste espírito, que comece um processo para a libertação dos presos políticos", disse Santos.

"Seguiremos insistindo que esta é a solução", acrescentou.

O presidente lembrou que neste mesmo sentido se pronunciaram o papa Francisco e 14 países americanos (Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai).

"O pior que pode acontecer aos colombianos é uma implosão no país vizinho", disse Santos, que ao assumir seu primeiro mandato, em 2010, propiciou o restabelecimento de relações com o governo do falecido presidente venezuelano Hugo Chávez.

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