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Sakineh foi levada à sua casa para gravar reconstituição, diz "PressTV"

Sakineh Ashtiani é acusada de adultério e cumplicidade no assassinato do seu marido pelo governo iraniano

Sakineh relatou os detalhes do assassinato do seu marido, diz "PressTV" (AFP)

Sakineh relatou os detalhes do assassinato do seu marido, diz "PressTV" (AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2010 às 05h39.

Teerã - Sakineh Ashtiani, a iraniana acusada de adultério e cumplicidade no assassinato do seu marido, foi tirada da prisão e levada à sua casa por algumas horas para filmar a reconstrução do crime para um programa especial que será veiculado nesta sexta-feira pela emissora estatal "PressTv".

Segundo indicara na quinta-feira o Comitê Internacional contra o Apedrejamento, Sakineh havia sido liberada, mas a informação divulgada pelo site da cadeia estatal desfaz o mal-entendido.

"A mulher acusada de assassinato e adultério acompanhou uma equipe da emissora à sua casa para relatar os detalhes do assassinato do seu marido no cenário do crime", diz parte da notícia.

"Ao contrário do publicado amplamente pela imprensa internacional sobre a libertação de Sakineh, o certo é que uma equipe de produção em colaboração com a 'PressTv' chegou a um acordo com a Justiça para recriar com ela a cena do crime", acrescenta o segundo parágrafo.

A cadeia assinala que a história completa será emitida às 18h35 (horário de Brasília) dentro do programa "Irã Today", que veiculará testemunhos do seu filho, Sajad Ghaderzadeh, e o advogado de Sakineh, Javid Houtan Kian, que também estão detidos.

As esperanças sobre a libertação de Sakineh, de 43 anos, foram alimentadas nesta quinta-feira depois de o Comitê Internacional contra o Apedrejamento ter anunciado que tinha informações procedentes do Irã apontando nesse sentido.

Apesar da inesperada notícia, as esperanças cresceram depois de a "PressTv" divulgar uma série de fotografias nas quais a mulher, de etnia azeri, era vista posando em sua casa na última segunda-feira.

No entanto, uma parte do documentário emitido na noite de quinta-feira pela própria cadeia já deu pistas de que a esperança de libertação era infundada, já que em uma das imagens a mulher afirmava: "Planejamos a morte do meu marido".

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