Bitcoin: supercomputador tinha capacidade dos sonhos, mas não podia ser conectado à internet (Benoit Tessier/Illustration/Reuters)
Luiza Calegari
Publicado em 10 de fevereiro de 2018 às 17h06.
Última atualização em 10 de fevereiro de 2018 às 17h13.
São Paulo - Cientistas russos foram presos acusados de tentar usar uma base nuclear secreta do país para minerar bitcoins, segundo reportagens da mídia local.
Um dos supercomputadores mais poderosos da Rússia, no Centro Federal Nuclear de Sarov, foi o alvo dos cientistas.
O supercomputador teria capacidade de 1 petaflop, o equivalente a 1.000 trilhões de cálculos por segundo. Para minerar bitcoins, são necessárias grande capacidade operacional e enormes quantidades de energia.
Só que a máquina de Sarov não pode ser conectada na internet, para evitar ataques hackers, e, portanto, quando eles tentaram fazer a conexão para minerar bitcoins, as autoridades foram alertadas.
Foi nessa planta que a antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) produziu sua primeira bomba nuclear, sob o comando de Joseph Stalin. A cidade nem aparecia nos mapas e, ainda hoje, até os russos precisam de uma permissão especial para visitá-la.
A assessoria de imprensa da base informou a uma agência russa que "até onde sabemos, uma investigação criminal foi aberta" contra os suspeitos.