Mundo

Rússia usou Facebook para tentar espionar Macron, dizem fontes

Cerca de duas dezenas de contas de Facebook foram criadas para vigiar membros da campanha de Macron e outras pessoas próximas do ex-financista

Facebook: confirmou à Reuters que detectou contas de espionagem na França e as desativou (Philippe Wojazer/Reuters)

Facebook: confirmou à Reuters que detectou contas de espionagem na França e as desativou (Philippe Wojazer/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 27 de julho de 2017 às 08h35.

 

São Francisco - Agentes de inteligência da Rússia tentaram espionar a campanha eleitoral do presidente da França, Emmanuel Macron, no início deste ano criando perfis falsos no Facebook, de acordo com um congressista dos Estados Unidos e duas outras pessoas a par do esforço.

Cerca de duas dezenas de contas de Facebook foram criadas para vigiar membros da campanha de Macron e outras pessoas próximas do ex-financista, então empenhado em derrotar a nacionalista de extrema-direita Marine Le Pen e outros adversários na eleição de dois turnos, disseram as fontes. Macron venceu por larga margem de vantagem em maio.

O Facebook disse em abril ter adotado ações contra contas falsas que estavam espalhando desinformações sobre a eleição francesa, mas o esforço para penetrar nas contas das redes sociais de funcionários de Macron não havia sido relatado anteriormente.

A Rússia tem negado repetidamente qualquer interferência na votação francesa por meio de invasões cibernéticas e vazamento de emails e documentos. Agências de inteligência dos EUA disseram à Reuters em maio que hackers com ligações com o governo russo estavam envolvidos, mas não terem provas conclusivas de que o Kremlin ordenou as invasões.

O Facebook confirmou à Reuters que detectou contas de espionagem na França e as desativou. A empresa creditou as descobertas a uma combinação de detecção automatizada aprimorada e uma intensificação nos esforços humanos para encontrar ataques sofisticados.

Funcionários do Facebook informaram membros e funcionários de comitês congressistas, entre outros, sobre as descobertas. Pessoas envolvidas nas conversas também contaram que o número de contas do Facebook suspensas na França por divulgarem propaganda ou spam - grande parte com relação à campanha - subiu para 70 mil, um grande salto em relação ao fechamento de 30 mil perfis que a empresa revelou em abril.

O Facebook não questionou a cifra.

Acompanhe tudo sobre:Emmanuel MacronFacebookRússia

Mais de Mundo

Violência após eleição presidencial deixa mais de 20 mortos em Moçambique

38 pessoas morreram em queda de avião no Azerbaijão, diz autoridade do Cazaquistão

Desi Bouterse, ex-ditador do Suriname e foragido da justiça, morre aos 79 anos

Petro anuncia aumento de 9,54% no salário mínimo na Colômbia