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Rússia questiona legitimidade do novo governo ucraniano

O primeiro-ministro da Rússia questionou a legitimidade do novo governo ucraniano, nascido dos protestos que derrubaram o governo

O primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev: "falando com propriedade. Ali não há com quem conversar", disse (Simon Dawson/Bloomberg)

O primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev: "falando com propriedade. Ali não há com quem conversar", disse (Simon Dawson/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2014 às 11h00.

Moscou - O primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, questionou nesta segunda-feira a legitimidade do novo governo ucraniano, nascido dos protestos que derrubaram o regime do presidente Viktor Yanukovich.

"Falando com propriedade, ali não há com quem conversar. A legitimidade de toda uma série de órgãos de poder suscita grandes dúvidas", disse o chefe do governo à imprensa russa em Sochi, ao explicar por que o embaixador russo em Kiev foi chamado ontem à noite para consultas.

"Alguns de nossos parceiros estrangeiros não o consideram assim. Não sei qual constituição leram, mas isso é uma aberração da consciência, quando se chama legítimo o que na realidade é resultado de uma insurreição armada", disse, em referência ao reconhecimento de alguns países ocidentais das novas autoridades ucranianas.

Insistiu que se for ser considerado governo "quem passeia por Kiev com máscaras pretas e fuzis automáticos Kalashnikov, então com esse governo será muito difícil trabalhar".

No entanto, ressaltou que "aqueles acordos que são juridicamente vinculativos" serão cumpridos, em alusão aos contratos econômicos, de gás e outros compromissos assinados com o país vizinho.

"Nós cooperamos não com pessoas concretas, trata-se de relações entre Estados", acrescentou.

Medvedev disse que a decisão de chamar para consultas o embaixador russo em Kiev, Mikhail Zurábov, significa que Moscou "não entende o que está acontecendo" na Ucrânia e se pergunta "se há uma ameaça real a nossos interesses, à vida e saúde de nossos cidadãos".

*Atualizada às 11h00 do dia 24/02/2014

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