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Rússia pode se tornar "nação pária", alerta Reino Unido

Boris Johnson disse ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, que ele está arriscando ganhar "desprezo internacional" por papel no conflito da Síria

Vladimir Putin: o chefe da diplomacia britânica ressaltou a posição do governo do Reino Unido em um debate emergencial (Sergei Karpukhin / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2016 às 14h47.

Londres - O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido , Boris Johnson, fez um alerta à Rússia nesta terça-feira ao afirmar que o país se arrisca a se transformar em uma "nação pária" por seu papel no conflito da Síria e no assédio a Aleppo.

Em sua primeira declaração na Câmara dos Comuns desde que assumiu o cargo em julho, o ex-prefeito de Londres disse ao presidente da Rússia, Vladimir Putin , que ele ambiciona tornar o país grande, mas está arriscando ganhar o "desprezo internacional".

O chefe da diplomacia britânica ressaltou a posição do governo do Reino Unido em um debate emergencial sobre a situação da cidade de Aleppo. Vários deputados de todos os partidos discursaram por muitas horas na Câmara dos Comuns.

Johnson disse temer que o "fim do poço da indignação" pelas atrocidades cometidas na Síria e pediu que manifestações sejam convocadas em frente à embaixada russa em Londres para condenar as ações de Putin em apoio ao regime do presidente Bashar al Assad.

Doze pessoas, entre elas quatro menores de idade, morreram hoje devido aos bombardeios dos aviões russos em várias partes da cidade de Aleppo, no norte do país, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos. Os ataques à região se intensificaram desde o dia 19 de setembro, quando Al Assad declarou inválida a trégua estipulada previamente por Estados Unidos e Rússia.

O chanceler do Reino Unido reiterou hoje que a presença do grupo terrorista Jabhat al Nusra junto das milícias rebeldes em Aleppo não pode ser usada como motivo para a Rússia bombardear a cidade. Além disso, Johnson responsabilizou o Kremlin pelo ataque a um comboio de ajuda humanitária ocorrido no dia 19 de setembro.

Após a intervenção o discurso do ministro, a embaixada russa em Londres emitiu uma breve nota pelo Twitter, afirmando que o "histórico da Rússia na Síria são milhares de pessoas libertadas e milhares de toneladas de ajuda humanitária. Qual é o do Reino Unido?", questionava a mensagem.

Na última semana, o governo da Rússia vetou uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, apresentada por França e Espanha com apoio de outras potências ocidentais, na qual se pedia um cessar-fogo na Síria, incluindo o fim dos ataques contra Aleppo.

Desde o fim da trégua no dia 19 de setembro, pelo menos 497 civis morreram na região de Aleppo, entre eles 90 menores de idade e 40 mulheres, de acordo com o Observatório Sírio.

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Londres - O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido , Boris Johnson, fez um alerta à Rússia nesta terça-feira ao afirmar que o país se arrisca a se transformar em uma "nação pária" por seu papel no conflito da Síria e no assédio a Aleppo.

Em sua primeira declaração na Câmara dos Comuns desde que assumiu o cargo em julho, o ex-prefeito de Londres disse ao presidente da Rússia, Vladimir Putin , que ele ambiciona tornar o país grande, mas está arriscando ganhar o "desprezo internacional".

O chefe da diplomacia britânica ressaltou a posição do governo do Reino Unido em um debate emergencial sobre a situação da cidade de Aleppo. Vários deputados de todos os partidos discursaram por muitas horas na Câmara dos Comuns.

Johnson disse temer que o "fim do poço da indignação" pelas atrocidades cometidas na Síria e pediu que manifestações sejam convocadas em frente à embaixada russa em Londres para condenar as ações de Putin em apoio ao regime do presidente Bashar al Assad.

Doze pessoas, entre elas quatro menores de idade, morreram hoje devido aos bombardeios dos aviões russos em várias partes da cidade de Aleppo, no norte do país, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos. Os ataques à região se intensificaram desde o dia 19 de setembro, quando Al Assad declarou inválida a trégua estipulada previamente por Estados Unidos e Rússia.

O chanceler do Reino Unido reiterou hoje que a presença do grupo terrorista Jabhat al Nusra junto das milícias rebeldes em Aleppo não pode ser usada como motivo para a Rússia bombardear a cidade. Além disso, Johnson responsabilizou o Kremlin pelo ataque a um comboio de ajuda humanitária ocorrido no dia 19 de setembro.

Após a intervenção o discurso do ministro, a embaixada russa em Londres emitiu uma breve nota pelo Twitter, afirmando que o "histórico da Rússia na Síria são milhares de pessoas libertadas e milhares de toneladas de ajuda humanitária. Qual é o do Reino Unido?", questionava a mensagem.

Na última semana, o governo da Rússia vetou uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, apresentada por França e Espanha com apoio de outras potências ocidentais, na qual se pedia um cessar-fogo na Síria, incluindo o fim dos ataques contra Aleppo.

Desde o fim da trégua no dia 19 de setembro, pelo menos 497 civis morreram na região de Aleppo, entre eles 90 menores de idade e 40 mulheres, de acordo com o Observatório Sírio.

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