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Rússia nega que vá dar asilo a Assad

As informações de que Moscou estaria disposta a dar refúgio ao líder seriam uma ''tentativa maliciosa'' de confundir os envolvidos com política externa

Lavrov lembrou que em 1º de junho, as autoridades alemãs lhe disseram que ''seria bom que a Rússia desse asilo a Assad'' (Alexander Nemenov/AFP)

Lavrov lembrou que em 1º de junho, as autoridades alemãs lhe disseram que ''seria bom que a Rússia desse asilo a Assad'' (Alexander Nemenov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2012 às 17h20.

Moscou - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, negou nesta quinta-feira que seu país tenha a intenção de conceder asilo ao presidente sírio, Bashar al Assad.

As informações de que Moscou estaria disposta a dar refúgio ao líder seriam uma ''tentativa maliciosa'' de confundir os envolvidos com política externa ''ou simplesmente foram divulgadas por que não conhece a postura da Rússia'', disse Lavrov em entrevista coletiva ao fim de suas conversas com o ministro da mesma pasta alemão, Guido Westerwelle.

O político ressaltou que, como se registrou no comunicado da conferência internacional de paz sobre a Síria, realizada no fim de semana em Genebra, ''só o povo sírio pode decidir sobre o futuro da Síria e de seus dirigentes''.

Lavrov lembrou que em 1º de junho, durante a visita do presidente russo, Vladimir Putin, a Berlim, as autoridades alemãs lhe disseram que ''seria bom que a Rússia desse asilo a Assad''.

''Interpretamos isso como uma piada, e por isso respondemos com uma piada também: ''Melhor vocês, alemães, ficarem com o senhor Assad, sempre que ele quiser ir''. Achei que ficaria nisso, em uma piada'', acrescentou.

Depois de afirmar que ''aos jornalistas o que mais interessa é saber quem vai ficar com ele (Assad)'', o chefe da diplomacia russa opinou: ''É inútil falar disso até que os sírios se sentem para negociar''.

Lavrov comentou que Moscou e Berlim concordam que o conflito sírio deve ser resolvido pela via política, mas destacou que divergem ''sobre como chegar a esse resultado''.

''Mas somos unânimes em dizer que é preciso fortalecer a pressão internacional sobre todas as partes sírias'', concluiu.

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