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Rússia não vê razão para inquérito da ONU sobre ataque químico na Síria

País alegou ao Conselho de Segurança que julgamento já teria sido feito pelos Estados Unidos e seus países aliados

Conselho de Segurança: órgão se reuniu pela sexta vez nos últimos nove dias para discutir caso da Síria (Stan Honda/AFP)
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Reuters

Publicado em 17 de abril de 2018 às 22h18.

A Rússia disse ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas nesta terça-feira que não é preciso estabelecer um novo inquérito para determinar a culpa pelos ataques com armas químicas na Síria , porque os Estados Unidos e seus aliados já atuaram como juiz e executor.

O conselho de 15 membros se reuniu pela sexta vez nos últimos nove dias a respeito da Síria, num momento em que Rússia e potências ocidentais se confrontam devido a um suposto ataque com armas químicas em Douma que provocou ataques aéreos de Estados Unidos, França e Reino Unido.

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A Rússia solicitou informações na terça-feira sobre a cidade de Raqqa, no norte da Síria, onde militantes do Estado Islâmico foram derrotados no ano passado por forças apoiadas pelos EUA, e o remoto campo de Rubkan para refugiados sírios perto da fronteira com a Jordânia e o Iraque.

"A Rússia nos chamou aqui como parte de uma campanha de mensagens para tentar desviar a atenção das atrocidades cometidas pelo regime (do presidente sírio, Bashar al-Assad)", disse a vice-embaixadora dos EUA na ONU, Kelley Currie, ao conselho.

"Para fazer isso, a Rússia pediu a este conselho que concentre sua atenção na parte da Síria onde o regime de Assad não está atacando civis com bombas de barril ou armas químicas proibidas", afirmou ela.

O Conselho de Segurança está em um impasse sobre como substituir uma investigação conjunta da ONU e da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), que o conselho criou em 2015 para estabelecer a responsabilidade por ataques com gases tóxicos.

Essa investigação terminou em novembro, depois que a Rússia bloqueou três tentativas do Conselho de Segurança de renovar seu mandato, afirmando que a investigação conjunta é falha. O inquérito descobriu que o governo sírio usava o agente nervoso sarin e várias vezes usou cloro como arma. Também culpou o Estado Islâmico pelo uso de gás mostarda.

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