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Rússia e Otan retomam contatos em alto nível após 3 anos

O chefe do Exército russo, Valeri Guerasimov, conversou por telefone com o presidente do Comitê Militar da Otan, o general tcheco Petr Pavel

Otan: o diálogo entre ambos os generais ocorreu por "iniciativa da parte aliada" (Getty Images/Getty Images)

Otan: o diálogo entre ambos os generais ocorreu por "iniciativa da parte aliada" (Getty Images/Getty Images)

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EFE

Publicado em 3 de março de 2017 às 17h31.

Moscou - Rússia e Otan retomaram nesta sexta-feira os contatos em nível máximo após quase três anos de congelamento, devido à anexação russa da Crimeia em março de 2014, informou o Ministério da Defesa em Moscou.

O chefe do Estado-Maior do Exército russo, Valeri Guerasimov, conversou por telefone com o presidente do Comitê Militar da Otan, o general tcheco Petr Pavel, segundo o comunicado de Defesa.

A nota oficial destaca que esta conversa é "o primeiro contato militar de alto nível desde a decisão do Conselho da Otan de congelar as relações com a Rússia".

O diálogo entre ambos os generais ocorreu por "iniciativa da parte aliada" e durante ele foram trocados pontos de vista sobre os atuais problemas no âmbito da segurança europeia e as perspectivas de restabelecimento da cooperação em nível militar.

Guerasimov chamou a atenção do colega a respeito da preocupação de Moscou sobre o forte aumento da atividade militar da Otan perto das fronteiras russas.

Ambos consideraram necessário dar "passos mútuos para diminuir a tensão e estabilizar a situação na Europa" e decidiram continuar esses contatos.

Nesta semana também aconteceu em Moscou uma reunião entre o subchefe do Estado-Maior russo, o general Aleksandr Zhurabliov, e o colega britânico, Gordon Messenger.

O reatamento dos contatos entre Rússia e a Otan ocorrem após o presidente russo, Vladimir Putin, retomar a cooperação antiterrorista com os Estados Unidos e outros países-membros da Aliança.

Em seu primeiro contato por telefone, Putin e o presidente dos EUA, Donald Trump, concordaram que a prioridade da cooperação bilateral deve ser coordenar a luta contra o Estado Islâmico e outros grupos jihadistas na Síria.

Putin acusou a Otan de aplicar uma política de contenção em relação a seu país e lembrou que na cúpula de julho de 2016, em Varsóvia, a Rússia foi declarada a "principal ameaça para a segurança" da Aliança Atlântica pela primeira vez desde 1989, quando ainda existia a URSS.

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