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Rússia e China vetam pela segunda vez resolução sobre a Síria

No Conselho de Segurança da ONU, 13 países votaram a favor do projeto de resolução contra a repressão na Síria

Bandeiras na entrada do prédio da ONU (Wikimedia Commons)

Bandeiras na entrada do prédio da ONU (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2012 às 17h38.

Nova York - Rússia e China vetaram neste sábado pela segunda vez no Conselho de Segurança da ONU um projeto de resolução que condena a repressão na Síria e que era apoiado pelos demais países do principal organismo de decisão das Nações Unidas.

O novo veto sino-russo ocorre depois de a oposição síria informar a morte de mais de 230 civis na madrugada de sexta para sábado como consequência dos bombardeios à cidade de Homs.

Treze países votaram a favor do projeto proposto pelos países árabes e europeus, que apoiam um plano da Liga Árabe para assegurar uma transição para a democracia na Síria.

Mas Rússia e China (que ocupam duas das cinco vagas permanentes com direito a veto no Conselho) voltaram a votar contra o texto, como haviam feito em 5 de outubro.

O embaixador francês na ONU, Gérard Araud, denunciou este "duplo veto", e fez alusão a um "dia triste para este Conselho, para os sírios e para os amigos da democracia".

O embaixador russo na ONU informou neste sábado que o projeto de resolução contra a repressão na Síria, vetado por seu país no Conselho de Segurança, era "desequilibrado" e acusou as potências ocidentais de buscar unicamente uma mudança de regime em Damasco.

A resolução proposta por países árabes e europeus "mandava um sinal desequilibrado às partes na Síria", afirmou o embaixador Vitaly Churkin, acrescentando que as potências ocidentais estavam "pedindo uma mudança de regime e para levar a oposição ao poder".

O novo projeto de resolução, que substitui outro mais duro, descartado de imediato pela Rússia, não pedia explicitamente que o presidente Bashar al Assad deixasse o poder.

No entanto, as concessões incluídas continuaram sendo insuficientes para a Rússia, tradicional aliado do regime de Damasco, e seu chanceler, Serguei Lavrov, havia afirmado antes da reunião em Nova York que submetê-lo à votação provocaria um "escândalo".

Depois de dez meses de violência na Síria em que, segundo a ONU, morreram mais de 5.400 pessoas, a comunidade internacional não consegue chegar a um acordo para deter a repressão no país.

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