Mundo

Rússia diz que Ucrânia não aproveitou cessar-fogo e retoma ataque

Neste sábado, a Rússia anunciou um cessar-fogo para a saída de civis, mas autoridades da Ucrânia afirmaram que ataques continuaram a acontecer

Mariupol, na Ucrânia (Twitter @AyBurlachenko/Reuters)

Mariupol, na Ucrânia (Twitter @AyBurlachenko/Reuters)

A

AFP

Publicado em 5 de março de 2022 às 15h07.

Última atualização em 5 de março de 2022 às 15h14.

O exército da Rússia retomou a "ofensiva" contra duas cidades cercadas do sudeste da Ucrânia, incluindo o porto estratégico de Mariupol, informou o ministro russo da Defesa, Igor Konashenkov.

"Devido à falta de vontade do lado ucraniano de influenciar os nacionalistas ou prolongar o cessar-fogo, as operações ofensivas foram retomadas às 18H00 de Moscou" (12H00 de Brasília), afirmou o ministro em uma mensagem de vídeo.

Na manhã de sábado, a Rússia anunciou um cessar-fogo e afirmou que abriu corredores humanitários para a saída de civis da cidade portuária estratégica de Mariupol e da vizinha Volnovakha.

Konashenkov disse que "nenhum civil" conseguiu sair das cidades pelos corredores humanitários.

"Os habitantes destas cidades são mantidos por grupos nacionalistas como escudos humanos", acrescentou Konashenkov.

O ministro russo disse que "batalhões nacionalistas" usaram o cessar-fogo para "reagrupar e reforçar suas posições".

Autoridades em Mariupol, cidade cercada por forças russas, anunciaram neste sábado que adiaram a retirada de civis e acusaram as tropas de Moscou de violar o cessar-fogo.

O cessar-fogo e a saída de civis da cidade teria sido o resultado da terceiro reunião entre Ucrânia e Rússia para tentar dar um fim à invasão, que já dura 10 dias.

Acompanhe tudo sobre:GuerrasRússiaUcrânia

Mais de Mundo

Milei tira monopólio em aeroportos e alerta Aerolíneas: “ou privatiza ou fecha”

Sinos da Notre Dame tocam pela primeira vez desde o incêndio de 2019

França busca aliados europeus para ativar veto ao acordo UE-Mercosul

Putin não vê chances de relações normais com Ucrânia se ela não desistir de aderir à Otan