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Rússia diz que linha de separação resolve problema ucraniano

Linha de separação e a retirada do armamento pesado de uma região desmilitarizada de 30 quilômetros são os principais pontos do Memorando de Paz


	Sergei Lavrov: "acreditamos que uma linha de separação permita garantir na prática o término das hostilidades e a retirada do armamento pesado de ambas as partes"
 (Alexander Nemenov/AFP)

Sergei Lavrov: "acreditamos que uma linha de separação permita garantir na prática o término das hostilidades e a retirada do armamento pesado de ambas as partes" (Alexander Nemenov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2014 às 09h39.

Moscou - A Rússia acredita que traçar uma linha de separação entre ambos os lados do conflito seria um fator fundamental para o sucesso da trégua declarada nesta terça-feira no leste da Ucrânia, afirmou Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores russo.

"Acreditamos que uma linha de separação permita garantir na prática o término das hostilidades e a retirada do armamento pesado de ambas as partes", disse Lavrov em entrevista coletiva.

A linha de separação e a retirada do armamento pesado de uma região desmilitarizada de 30 quilômetros são os principais pontos do Memorando de Paz assinado em 19 de setembro em Minsk.

A trégua estipulada na semana passada pelas forças governamentais e milícias pró-russas entrou em vigor nesta terça-feira, embora esteja à espera do resultado da iminente reunião em Minsk entre representantes de Kiev e os separatistas, com mediação da Rússia e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).

"Esta não foi a primeira declaração (de cessar-fogo), mas a atual foi bem preparada, já que houve negociações entre as partes em conflito", disse o ministro russo.

Lavrov revelou que oficiais do exército russo participaram das negociações a pedido do presidente ucraniano, Petro Poroshenko.

O chefe da diplomacia russa alertou sobre a incapacidade da Ucrânia de iniciar um processo de reforma constitucional com participação de todas as regiões e partidos políticos.

"É preciso fazer isso com urgência. Lembrando que tal compromisso foi assumido pelas autoridades de Kiev em abril", ressaltou, em alusão à insistência russa para que a Ucrânia se transforme em um país onde os falantes de russo tenham os direitos respeitados.

Ambas as partes assinaram um acordo de trégua em 5 de setembro, mas os combates não cessaram e o comando militar ucraniano reconheceu que mais de 400 soldados morreram desde então.

Poroshenko e os dirigentes separatistas poderiam retomar as negociações nesta sexta-feira em Minsk, embora estes últimos insistam em incluir na agenda outros assuntos, além da retirada da artilharia e as plataformas de lançamento de mísseis da zona de segurança.

Os separatistas insistem em discutir a gradual retirada do bloqueio econômico imposto às zonas rebeldes por Kiev e a entrada em vigor das leis que concedem três anos de autonomia aos separatistas e anistia aos milicianos.

Os rebeldes consideram como bloqueio econômico a decisão de Kiev de suspender os serviços bancários e evacuar a administração pública da região.

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