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Rússia deve ultrapassar Arábia Saudita como maior fornecedora de petróleo para a China

Produto russo representa hoje 14% do petróleo importado pela China, acima dos 8,8% antes da guerra

Petróleo: exportações russas de abril já ultrapassaram o país árabe (Andrey Rudakov/Bloomberg)

Petróleo: exportações russas de abril já ultrapassaram o país árabe (Andrey Rudakov/Bloomberg)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 28 de junho de 2023 às 16h53.

Última atualização em 28 de junho de 2023 às 17h09.

Desde o início da guerra na Ucrânia, a Arábia Saudita vem perdendo espaço no mercado chinês, em decorrência dos grandes descontos oferecidos pela Rússia. No início do mês, a Arábia Saudita fez um corte na produção com a intenção de que os preços subissem, compensando a queda na demanda, mas não houve o efeito desejado.

Em abril, as exportações de petróleo da Rússia para a China ultrapassaram as da Arábia Saudita temporariamente. Agora, ambos estão quase empatados novamente, e especialistas dizem que a Rússia deve continuar avançando e vai abrir vantagem nos próximos meses.

O produto da Rússia representa hoje 14% do petróleo importado pela China, acima dos 8,8% antes da guerra, segundo a fornecedora de dados de commodities Kpler. A participação da Arábia Saudita caiu para 14,5% até maio.

Dados

Aproveitando as ofertas, a China está acumulando petróleo para o caso de sua economia ganhar força e os preços subirem. Pequim adicionou cerca de 1,77 milhão de barris por dia a seus estoques em maio, o maior volume desde julho de 2020, segundo a empresa de análise de dados de petróleo Refinitiv Eikon.

A oferta de petróleo russo barato provocou um recuo nos preços globais, o que prejudicou a capacidade da Arábia Saudita de financiar sua agenda econômica nacional. A perda de participação de mercado, combinada com a flutuação dos preços, é duplamente sentida pelo reino.

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