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Rússia considera um erro excluir Irã de Genebra 2

Rússia considera um erro a decisão da ONU de retirar o convite para o Irã participar da conferência de paz sobre a Síria


	Ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov: "sempre dissemos que todos os atores externos tinham que estar representados", disse
 (Getty Images)

Ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov: "sempre dissemos que todos os atores externos tinham que estar representados", disse (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2014 às 07h48.

Moscou - A Rússia considera um erro a decisão da ONU de retirar o convite para o Irã participar da conferência de paz sobre a Síria, que começa na quarta-feira na Suíça, declarou nesta terça-feira o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.

"Está claro que é um erro", afirmou Lavrov. "Sempre dissemos que todos os atores externos tinham que estar representados", acrescentou.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pouco depois de ter convidado o Irã, decidiu excluí-lo da conferência de paz Genebra II.

Lavrov criticou a explicação dada por Ban para mudar de opinião.

"Quando o secretário-geral da ONU diz que era obrigado a cancelar seu convite ao Irã porque (este país) não compartilha os princípios do regulamento do comunicado de Genebra (de junho de 2012), na minha opinião é uma frase bastante distorcida", declarou Lavrov.

"Os que exigiram o cancelamento do convite ao Irã são os mesmos que afirmam que a aplicação do comunicado de Genebra deve levar a uma mudança de regime" na Síria, afirmou o ministro russo.

Estados Unidos, Reino Unido e França, partidários de que o presidente sírio Bashar al-Assad abandone o poder, condicionaram a presença do Irã na conferência ao apoio a uma transição democrática na Síria.

"É uma interpretação desonesta do que havíamos acordado em Genebra em junho de 2012", acrescentou Lavrov, que, no entanto, estimou que a ausência do Irã "não será catastrófica".

A Rússia, aliada do regime de Bashar al-Assad, é um dos artífices junto com os Estados Unidos da conferência de paz Genebra II para tentar encontrar uma solução política à guerra civil na Síria, que deixou mais de 130.000 mortos e milhões de refugiados e deslocados desde março de 2011.

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