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Rússia confirma que continuará fornecendo armas à Síria

O país deixou sem resposta a questão sobre se suas armas foram usadas para disparar contra os manifestantes opositores ao regime sírio

Soldados sírios em um posto de controle em Homs: a Síria é um dos principais clientes da indústria militar russa (Mumtaz al-Baloua/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2012 às 13h05.

Moscou - A Rússia confirmou nesta quinta-feira que continuará fornecendo armamento à Síria até que a situação se estabilize e deixou sem resposta a questão sobre se suas armas foram usadas para disparar contra os manifestantes.

'Nós não estamos infringindo nenhuma lei internacional. O que não está proibido é permitido', disse Anatoli Antonov, vice-ministro da Defesa, em entrevista coletiva.

Antonov garantiu que a venda de armas a Damasco, um dos principais clientes da indústria militar russa, está dentro da lei russa e das legislações internacionais.

O vice-ministro ressaltou que Moscou nunca vendeu ao Governo sírio 'armamento ofensivo', ou seja, que altere o equilíbrio de forças no Oriente Médio.

'A Síria está satisfeita com a cooperação técnica militar com a Rússia. Não há nenhuma restrição as nossas provisões. Devemos cumprir com nossas obrigações e é o que estamos fazendo', afirmou.

O vice-ministro respondeu as acusações de que as armas russas como os fuzis Kalashnikov são utilizadas pelas forças de segurança sírias contra os opositores do país árabe.

'Eu não diria que os manifestantes estão sendo assassinados com armas russas', afirmou.

O vice-ministro lembrou que 90% dos Kalashnikovs usados no mundo são contrabandeados e não fabricados em território russo.

Ressaltou que a Rússia faz rastreamento de todas as armas exportadas, incluindo as enviadas a Síria.


'Temos acordo com a Síria sobre o controle do armamento russo que entra em seu território. Está tudo documentado. Podemos comprovar a finalidade de nossas armas', detalhou.

De acordo com a imprensa russa, Moscou irá fornecer à Síria 36 aviões de instrução de combate Yak-130 por meio de um contrato assinado em dezembro.

Neste mês, a Rússia confirmou o envio a Damasco de sistemas móveis lança mísseis litorâneos e mísseis de cruzeiro através de um contrato selado em 2007.

Israel e os Estados Unidos consideram que esses mísseis supersônicos de até 300 quilômetros de alcance representam uma ameaça para seus navios ancorados no Mediterrâneo.

A Rússia garantiu na quarta-feira que irá vetar qualquer resolução que contemple a intervenção militar na Síria e a renúncia do líder sírio, Bashar al Assad.

O Kremlin, que acusa os EUA de quererem aplicar o roteiro líbio - sanções internacionais, embargo aéreo, intervenção ocidental e mudança de regime - na Síria, já vetou em outubro junto à China um projeto europeu que condena Damasco pela repressão violenta das manifestações opositoras.

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Moscou - A Rússia confirmou nesta quinta-feira que continuará fornecendo armamento à Síria até que a situação se estabilize e deixou sem resposta a questão sobre se suas armas foram usadas para disparar contra os manifestantes.

'Nós não estamos infringindo nenhuma lei internacional. O que não está proibido é permitido', disse Anatoli Antonov, vice-ministro da Defesa, em entrevista coletiva.

Antonov garantiu que a venda de armas a Damasco, um dos principais clientes da indústria militar russa, está dentro da lei russa e das legislações internacionais.

O vice-ministro ressaltou que Moscou nunca vendeu ao Governo sírio 'armamento ofensivo', ou seja, que altere o equilíbrio de forças no Oriente Médio.

'A Síria está satisfeita com a cooperação técnica militar com a Rússia. Não há nenhuma restrição as nossas provisões. Devemos cumprir com nossas obrigações e é o que estamos fazendo', afirmou.

O vice-ministro respondeu as acusações de que as armas russas como os fuzis Kalashnikov são utilizadas pelas forças de segurança sírias contra os opositores do país árabe.

'Eu não diria que os manifestantes estão sendo assassinados com armas russas', afirmou.

O vice-ministro lembrou que 90% dos Kalashnikovs usados no mundo são contrabandeados e não fabricados em território russo.

Ressaltou que a Rússia faz rastreamento de todas as armas exportadas, incluindo as enviadas a Síria.


'Temos acordo com a Síria sobre o controle do armamento russo que entra em seu território. Está tudo documentado. Podemos comprovar a finalidade de nossas armas', detalhou.

De acordo com a imprensa russa, Moscou irá fornecer à Síria 36 aviões de instrução de combate Yak-130 por meio de um contrato assinado em dezembro.

Neste mês, a Rússia confirmou o envio a Damasco de sistemas móveis lança mísseis litorâneos e mísseis de cruzeiro através de um contrato selado em 2007.

Israel e os Estados Unidos consideram que esses mísseis supersônicos de até 300 quilômetros de alcance representam uma ameaça para seus navios ancorados no Mediterrâneo.

A Rússia garantiu na quarta-feira que irá vetar qualquer resolução que contemple a intervenção militar na Síria e a renúncia do líder sírio, Bashar al Assad.

O Kremlin, que acusa os EUA de quererem aplicar o roteiro líbio - sanções internacionais, embargo aéreo, intervenção ocidental e mudança de regime - na Síria, já vetou em outubro junto à China um projeto europeu que condena Damasco pela repressão violenta das manifestações opositoras.

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