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Rússia chama protesto em Moscou de "provocação"

Segundo o porta-voz, o opositor Alexei Navalny, responsável por organizar o ato, "mentiu" ao dizer que as manifestações eram legais

Protesto: "foi uma provocação e uma mentira", declarou à imprensa o porta-voz (Maxim Shemetov/Reuters)

Protesto: "foi uma provocação e uma mentira", declarou à imprensa o porta-voz (Maxim Shemetov/Reuters)

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AFP

Publicado em 27 de março de 2017 às 08h21.

Última atualização em 27 de março de 2017 às 08h33.

O Kremlin chamou de "provocação" o protesto contra a corrupção organizado no domingo pelo opositor Alexei Navalny e que resultou na detenção de mais de mil pessoas.

"O que vimos ontem em muitos lugares, e talvez em particular em Moscou, foi uma provocação e uma mentira", declarou à imprensa o porta-voz Dmitri Peskov.

Também afirmou que alguns menores de idade receberam a promessa de "recompensas financeiras em caso de detenção pelas forças de segurança" durante os protestos.

Peskov não apresentou, no entanto, nenhuma prova sobre as acusações e se limitou a afirmar que eram "fatos".

Milhares de pessoas protestaram no domingo em Moscou e outras cidades da Rússia, convocadas pelo opositor Alexei Navalny, que deseja enfrentar Vladimir Putin na eleição presidencial de 2018.

O líder opositor anunciou a manifestação depois de publicar um relatório no qual acusa o primeiro-ministro Dmitri Medvedev de estar à frente de um império imobiliário financiado por oligarcas.

Mais de mil pessoas foram detidas no domingo na capital russa e centenas em outras cidades, depois que muitas autoridades municipais se negaram a autorizar as manifestações.

Sem mencionar o nome de Navalny, Peskov disse que o Kremlin está preocupado com o fato de "algumas pessoas continuarem utilizando pessoas ativas (...) para seus próprios fins, com o apelo para ações ilegais e não autorizadas".

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