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Rússia bombardeia oeste da Ucrânia e intensifica ofensiva no leste

Um bombardeio russo incomum contra a localidade de Chortkiv, no oeste ucraniano, que permaneceu relativamente à margem da guerra, deixou 22 feridos

Guerra: O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou neste sábado que este é um momento "decisivo" (afp/AFP)

Guerra: O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou neste sábado que este é um momento "decisivo" (afp/AFP)

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AFP

Publicado em 12 de junho de 2022 às 12h08.

A Rússia anunciou neste domingo, 12, que destruiu um grande depósito de armas fornecidas pelos Estados Unidos e os países europeus no oeste da Ucrânia, ao mesmo tempo que intensificou a ofensiva no leste em uma batalha crucial por Severodonetsk, onde as tropas ucranianas enfrentam dificuldades.

Um bombardeio russo incomum contra a localidade de Chortkiv, no oeste ucraniano, que permaneceu relativamente à margem da guerra, deixou 22 feridos, informou neste domingo o governador local Volodimir Trush.

LEIA TAMBÉM: Ucrânia diz estar "quase sem munição" e em risco de perder a guerra

O governador afirmou que os quatro mísseis disparados a partir do Mar Negro destruíram parcialmente uma instalação militar e vários edifícios residenciais. Entre os feridos está um adolescente de 22 anos.

O ministério da Defesa da Rússia anunciou que o bombardeio contra Chortkiv destruiu um "grande depósito de sistema de mísseis antitanque, sistemas portáteis de defesa antiaérea e obuses fornecidos ao regime de Kiev pelos Estados Unidos e pelos países europeus".

Estados Unidos e UE enviaram armas e recursos para ajudar a Ucrânia a conter o avanço da Rússia, ao mesmo tempo que anunciaram sanções sem precedentes contra Moscou.

Ao mesmo tempo, no leste, a situação da cidade estratégica de Severodonetsk é "extremamente difícil" depois que as tropas russas destruíram uma segunda ponte e iniciaram um grande bombardeio contra a terceira e última, informou o governador Sergei Gaiday. O governador destacou que a destruição das pontes pretende isolar a cidade.

Severodonetsk e Lysychansk, separadas por um rio, resistem há várias semanas aos ataques e são as últimas posições ucranianas na região de Lugansk.

No plano diplomático, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prometeu no sábado a Kiev que o bloco apresentará até o final da semana uma sinalização clara sobre a ambição da Ucrânia de ser candidata a integrar a União Europeia.

Von der Leyen destacou que a ex-república soviética "avançou no fortalecimento do Estado de direito, mas ainda precisa implementar reformas para lutar contra a corrupção".

Apesar das reservas de alguns Estados membros, a candidatura de Kiev pode receber luz verde na próxima reunião de cúpula do bloco, em 23 e 24 de junho.

"O desafio será sair do Conselho (da UE) com uma posição unida, que reflita a importância desta decisão histórica", disse Von der Leyen durante sua viagem de volta à Polônia.

A vulnerabilidade geopolítica da Ucrânia ficou exposta com a invasão iniciada pela Rússia em 24 de fevereiro, que provocou milhares de mortes e obrigou milhões de pessoas a fugir de suas casas, deixando territórios inteiros do país reduzidos a escombros.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou neste sábado que este é um momento "decisivo".
"A Rússia quer destruir a unidade europeia, quer dividir a Europa e enfraquecê-la. Toda Europa é um alvo da Rússia. A Ucrânia é apenas o primeiro passo", afirmou.

"McDonald's russo" abre as portas

As sanções contra Moscou atingiram com força a economia russa e também provocaram um êxodo das empresas ocidentais, incluindo os restaurantes da rede americana de 'fast food' McDonald's.

A emblemática unidade da Praça Pushkin de Moscou - onde foi inaugurado o primeiro McDonald's da Rússia em 1990 (ainda União Soviética na época), com longas filas - reabriu as portas neste domingo como uma empresa russa.

A rede agora tem o nome "Vkousno i tochka" ("Delicioso. Ponto final") e, embora não utilize mais o famoso logotipo amarelo, tenta apresentar aos clientes um sabor familiar.

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