Rússia admite que ainda não foi capaz de acabar com doping
"Muitos técnicos e, infelizmente, os próprios atletas estão convencidos de que sem doping não é possível ganhar", declarou ministro
Da Redação
Publicado em 22 de agosto de 2016 às 15h45.
Moscou - O ministro de Esportes da Rússia , Vitaly Mutko, admitiu nesta segunda-feira que o país ainda não foi capaz de acabar com o problema do doping , mas pediu que as organizações internacionais reconheçam os passos importantes que, segundo ele, já foram dados no combate ao problema.
"Não fomos capazes de acabar com o problema de doping. Muitos técnicos e, infelizmente, os próprios atletas estão convencidos de que sem doping não é possível ganhar", declarou Mutko à agência russa de notícias "TASS".
Apontado por veículos da imprensa internacional como principal responsável pelo sistema de doping na Rússia, Mutko considera que esses treinadores e atletas acreditam que a fiscalização não é imparcial.
"Esse é o maior erro. Eles não confiam no sistema de exames antidoping. Acreditam que ele tem defeitos, que existem dois pesos e duas medidas", destacou o dirigente.
Mutko reconheceu que a Rússia "ainda tem um enorme trabalho pela frente", mas disse que "só um cego ou um mal-intencionado não consegue ver os passos concretos" que o país deu nos últimos meses.
O russo também avisou que o relatório McLaren ainda não foi concluído. Realizado pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês), o documento reúne acusações contra autoridades do país e do Serviço Federal de Segurança (antiga KGB), que teriam promovido um programa estatal de dopagem.
O dirigente classificou a atuação da equipe olímpica da Rússia nos Jogos do Rio de Janeiro como "bastante bem-sucedida", mesmo com a ausência de representantes do país no atletismo, no remo e no levantamento de peso, alvos de veto por causa do escândalo de doping.
No total, os atletas russos conquistaram 56 medalhas.
"Por isso, foi muito difícil competir no mesmo nível que países como EUA, Reino Unido e China", destacou Mutko.
O ministro ressaltou a diversidade das conquistas, que aconteceram em 18 modalidades distintas, além do time campeão feminino no handebol.
Os quatro ouros na esgrima e as vitórias na luta olímpica, no judô, na ginástica rítmica e no nado sincronizado também foram muito celebradas.
Atletas russos sofreram com vaias nos Jogos, principalmente na natação, onde o principal alvo foi Yulia Efímova. Os protestos, no entanto, diminuíram no decorrer das competições.
A maiores decepções do país foram as equipes de vôlei, já que a feminina caiu nas quartas de final e a masculina, campeã olímpica em Londres, terminou em quarto.
Mutko tem contado com o apoio público de Yelena Isinbayeva, recordista mundial no salto com vara, na luta para conseguir o retorno do atletismo russo às competições internacionais já em 2017.
A bicampeã olímpica da modalidade anunciou na última sexta a sua aposentadoria e disse que quer presidir em breve a federação de atletismo do país.
Moscou - O ministro de Esportes da Rússia , Vitaly Mutko, admitiu nesta segunda-feira que o país ainda não foi capaz de acabar com o problema do doping , mas pediu que as organizações internacionais reconheçam os passos importantes que, segundo ele, já foram dados no combate ao problema.
"Não fomos capazes de acabar com o problema de doping. Muitos técnicos e, infelizmente, os próprios atletas estão convencidos de que sem doping não é possível ganhar", declarou Mutko à agência russa de notícias "TASS".
Apontado por veículos da imprensa internacional como principal responsável pelo sistema de doping na Rússia, Mutko considera que esses treinadores e atletas acreditam que a fiscalização não é imparcial.
"Esse é o maior erro. Eles não confiam no sistema de exames antidoping. Acreditam que ele tem defeitos, que existem dois pesos e duas medidas", destacou o dirigente.
Mutko reconheceu que a Rússia "ainda tem um enorme trabalho pela frente", mas disse que "só um cego ou um mal-intencionado não consegue ver os passos concretos" que o país deu nos últimos meses.
O russo também avisou que o relatório McLaren ainda não foi concluído. Realizado pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês), o documento reúne acusações contra autoridades do país e do Serviço Federal de Segurança (antiga KGB), que teriam promovido um programa estatal de dopagem.
O dirigente classificou a atuação da equipe olímpica da Rússia nos Jogos do Rio de Janeiro como "bastante bem-sucedida", mesmo com a ausência de representantes do país no atletismo, no remo e no levantamento de peso, alvos de veto por causa do escândalo de doping.
No total, os atletas russos conquistaram 56 medalhas.
"Por isso, foi muito difícil competir no mesmo nível que países como EUA, Reino Unido e China", destacou Mutko.
O ministro ressaltou a diversidade das conquistas, que aconteceram em 18 modalidades distintas, além do time campeão feminino no handebol.
Os quatro ouros na esgrima e as vitórias na luta olímpica, no judô, na ginástica rítmica e no nado sincronizado também foram muito celebradas.
Atletas russos sofreram com vaias nos Jogos, principalmente na natação, onde o principal alvo foi Yulia Efímova. Os protestos, no entanto, diminuíram no decorrer das competições.
A maiores decepções do país foram as equipes de vôlei, já que a feminina caiu nas quartas de final e a masculina, campeã olímpica em Londres, terminou em quarto.
Mutko tem contado com o apoio público de Yelena Isinbayeva, recordista mundial no salto com vara, na luta para conseguir o retorno do atletismo russo às competições internacionais já em 2017.
A bicampeã olímpica da modalidade anunciou na última sexta a sua aposentadoria e disse que quer presidir em breve a federação de atletismo do país.