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Rússia acusa formalmente bióloga brasileira do Greenpeace

Todos os ativistas detidos estão em prisão preventiva por supostamente tentarem invadir uma plataforma de petróleo da empresa russa Gazprom em 19 de setembro


	A ativista brasileira do Greenpeace Ana Paula Alminhana Maciel: o navio da ONG foi apreendido pela guarda de fronteiras russa e seus tripulantes detidos e transferidos a terra 
 (Dmitri Sharomov/AFP)

A ativista brasileira do Greenpeace Ana Paula Alminhana Maciel: o navio da ONG foi apreendido pela guarda de fronteiras russa e seus tripulantes detidos e transferidos a terra  (Dmitri Sharomov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2013 às 06h39.

Moscou - A bióloga brasileira Ana Paula Maciel e outro ativista britânico do Greenpeace, que pertencem ao grupo de 30 pessoas que foram presas na Rússia por organizarem um protesto contra a exploração de petróleo no Ártico, foram acusados formalmente de pirataria nesta quarta-feira, informou o advogado da ONG Mikhail Kreindlin, citado pela agência russa "Interfax".

Ao longo do dia, o Comitê de Instrução russo irá apresentar as acusações contra o restante dos ativistas, que estavam a bordo do navio "Arctic Sunrise", na cidade de Murmansk.

"Dois de nossos ativistas foram acusados de pirataria marítima em um grupo organizado. São cidadãos do Brasil e do Reino Unido", assinalou o advogado.

Kreindlin também afirmou que as acusações são "absolutamente infundadas, arbitrárias e ilegais".

"Nossos ativistas não tinham nenhuma intenção de se apoderar da propriedade de ninguém. Não havia nenhuma ação criminosa", acrescentou.

Todos os ativistas detidos estão em prisão preventiva por supostamente tentarem invadir uma plataforma de petróleo da empresa russa Gazprom no dia 19 de setembro.

"Um grupo de pessoas a bordo do "Arctic Sunrise" e com bastante equipamento destinado a um fim que ainda não foi esclarecido violaram o perímetro de segurança de 500 metros da plataforma Prirazlomnaya e se aproximaram dela", disse ontem um porta-voz do Comitê de Instrução para resumir os argumentos da acusação.

Os ativistas são da Rússia, Brasil, EUA, Argentina, Reino Unido, Canadá, Itália, Ucrânia, Nova Zelândia, Holanda, Dinamarca, Austrália, República Tcheca, Polônia, Turquia, Finlândia, Suécia e França.

Após o protesto, o navio da ONG foi apreendido pela guarda de fronteiras russa e seus tripulantes detidos e transferidos a terra para responderem perante a justiça.

A Gazprom planeja começar a produção de petróleo nessa plataforma no primeiro trimestre de 2014. Segundo a ONG, isso aumentaria o risco de um vazamento de petróleo em uma área que contém três reservas naturais protegidas pela própria legislação russa.

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