Rússia acusa EUA de atentar contra soberania da Venezuela
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia chamou a política de Washington de elaborar alternativas governamentais para o país de "desavergonhada"
EFE
Publicado em 11 de janeiro de 2019 às 10h16.
Moscou - A Rússia acusou os Estados Unidos nesta sexta-feira de atentar abertamente contra a soberania da Venezuela ao promover a criação de "estruturas governamentais alternativas" no país latino-americano, e reiterou seu apoio ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro .
"A desavergonhada política de Washington, que aponta para a criação anticonstitucional de estruturas governamentais alternativas da Venezuela (...), é um atentado aberto contra a soberania venezuelana", afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia em comunicado.
Moscou destacou que as tentativas de aplicar na Venezuela a Carta Democrática Interamericana por uma suposta ruptura da ordem democrática é uma "via absolutamente sem perspectivas".
"Não se deve provocar uma maior divisão da sociedade venezuelana. É preciso promover a busca da concórdia, a união dos esforços do governo e a oposição a fim de diminuir a tensão", acrescentou a pasta de Exteriores russa.
Na opinião da diplomacia da Rússia, muitos países latino-americanos compartilham deste ponto de vista.
"Vemos que em uma série de capitais europeias maduras a compreensão da importância de encontrar novas fórmulas de mediação para devolver as autoridades e a oposição venezuelanas à mesa de negociações, algo que consideramos um sinal positivo", destacou o departamento dirigido por Sergei Lavrov.
A pasta de Exteriores também confirmou que a Rússia "cooperará estreitamente com a Venezuela, com o seu povo e as suas autoridades legítimas", e seguirá aprofundando suas relações de parceiros estratégicos com Caracas.
"Continuaremos ajudando a Venezuela para que saia da complexa situação econômica em que se encontra", indicou Moscou.
Maduro tomou posse nesta quinta-feira para um segundo mandato como presidente da Venezuela em meio a críticas internacionais sobre a legitimidade da sua vitória nas eleições de maio do ano passado. EFE