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Rumores de golpe de Estado invadem internet chinesa

Os boatos começaram a circular após o anúncio, na semana passada, da destituição do secretário-geral do PCC em Chongqing

"As pessoas estão nervosas porque não há muita informação disponível. Há avidez de informações, e, se elas não existem, as pessoas as inventam", afirma especialista
 (Gou Yige/AFP)

"As pessoas estão nervosas porque não há muita informação disponível. Há avidez de informações, e, se elas não existem, as pessoas as inventam", afirma especialista (Gou Yige/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2012 às 08h56.

Pequim - A internet chinesa tornou-se um celeiro de rumores de golpe de Estado, que revelam, no entanto, um grande nervosismo político após a destituição de um líder de alto escalão que expôs as divisões no seio do Partido Comunista (PCC).

Supostos tiroteios na residência de altos dignitários do regime, hipotéticos movimentos de tanques na capital, a suposta morte do filho de um funcionário do PCC ao volante de uma Ferrari: todo tipo de versões circulam pela rede, apesar da constante vigilância da censura.

Os boatos começaram a circular após o anúncio, na semana passada, da destituição do secretário-geral do PCC em Chongqing (sudoeste), Bo xilai, quem até pouco tempo tinha prevista a entrada neste ano na comissão permanente do Burô Político do Partido, assento real do poder na potência asiática.

"As pessoas estão nervosas porque não há muita informação disponível. Há avidez de informações, e, se elas não existem, as pessoas as inventam", afirma Bo Zhiyue, um especialista de questões políticas chinesas na Universidade Nacional de Cingapura.

A queda de Bo foi precedida pela de seu chefe de polícia e estreito colaborador Wang Lijun, denunciado por seus métodos categóricos em uma campanha contra a corrupção, que repentinamente foi ao consulado americano da cidade com a aparente intenção de pedir asilo político.

Estas estranhas peripécias romperam a imagem de um partido que busca dar a imagem de unidade e alimentaram os rumores.

"Tudo isso significa que as lutas de facções (no PCC) saíram à luz", sustenta outro analista, Willy Lam, da Chinese University de Hong Kong.

A cúpula do PCC e o Governo chinês devem se renovar entre o fim deste ano e os primeiros meses de 2013.

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