Greta: jovem sueca chegou a um porto de Lisboa (Rafael Marchante/Reuters)
Reuters
Publicado em 3 de dezembro de 2019 às 10h56.
Última atualização em 3 de dezembro de 2019 às 11h31.
Lisboa — A ativista Greta Thunberg chegou a um porto de Lisboa a bordo de um catamarã nesta terça-feira após partir de Nova York e cruzar o Atlântico, mostraram imagens da Reuters Television, em uma viagem para participar da conferência do clima em Madri e pedir ação urgente diante do aquecimento global.
O barco, La Vagabonde, transportou a jovem sueca, que se recusa a viajar de avião, para que ela possa comparecer à Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP25). A agenda de Thunberg inclui encontros com ativistas portugueses do clima antes da partida para Madri.
"Rumo a Lisboa!", tuitou a jovem mais cedo junto a fotografias a bordo da embarcação.
O ministro do Meio Ambiente de Portugal, Matos Fernandes, agradeceu a menina pelo ativismo. O presidente do país, Marcelo Rebelo de Sousa, disse que era uma "grande alegria" tê-la em Lisboa, embora não vá recepcionar a jovem pessoalmente, alegando que o encontro poderia "ser considerado um aproveitamento político".
As pessoas não conseguem entender a fúria da geração mais jovem diante da mudança climática, disse a ativista sueca. "As pessoas estão subestimando a força de jovens furiosos", afirmou Thunberg para uma multidão de apoiadores e repórteres. "Eles estão furiosos e frustrados."
Greta Thunberg disse que ficaria alguns dias na capital portuguesa antes de seguir rumo a Madri, onde a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP25) já está em andamento. Na cúpula, a ativista pretende trabalhar para garantir que "vozes de gerações futuras" sejam ouvidas.
Thunberg não compareceu à mais recente greve pelo clima, na semana passada, devido a fortes ventos terem atrasado sua chegada a Lisboa, mas a jovem deve se juntar a milhares de ativistas em uma marcha em Madri na tarde de sexta-feira, durante a realização da COP25.
A conferência teve início na segunda-feira, com o secretário geral da ONU, António Guterres, alertando que o planeta havia chegado a um "ponto sem retorno".
As principais prioridades incluem estabelecer um prazo comum para os países implementarem seus planos nacionais de compromisso climático e resolver a questão dos mercados internacionais de carbono, único aspecto do Acordo de Paris com o qual os delegados não concordaram na COP24, ocorrida em 2018 na Polônia.