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Rubalcaba, um estrategista em missões complicadas

Socialista foi o responsável pela luta contra o ETA e agora tenta impedir a derrota de seu partido nas eleições da Espanha

Rubalcaba foi escolhido para tentar diminuir a derrota socialista na eleição (Alfredo Pérez Rubalcaba)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2011 às 12h14.

Madri - Com um sorriso e um olhar perspicaz, Alfredo Pérez Rubalcaba ganhou popularidade por sua luta contra o ETA, como o homem das missões delicadas e o símbolo de um Partido Socialista preocupado em conter a tragédia anunciada para as próximas eleições .

Aos 60 anos, Rubalcaba é considerado um orador brilhante e tem uma longa carreira no Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), no qual construiu com paciência a imagem de homem de Estado.

A pequena estatura e a calvície não impedem que agrade o público com histórias e comentários espirituosos, que complementa com um olhar penetrante e um amplo sorriso sob a barba.

As características transformaram Rubalcaba no único socialista considerado capaz de limitar a derrota para o Partido Popular (PP) de Mariano Rajoy, que deve obter uma vitória esmagadora no domingo após as derrotas em 2004 e 2008 para José Luis Rodríguez Zapatero.

"Sempre foi um homem de referência em todos os governos que integrou. Para muitos, é o dirigente ideal para uma situação como esta", declarou Antón Losada, professor de Ciências Políticas na Universidade de Santiago de Compostela.

"Dizem que gosta de estar em tudo, mas não, ele é que é chamado para tudo", afirmou Zapatero durante a campanha eleitoral.

Nascido em 28 de julho de 1951 em Solares, norte do país, filho de um piloto comercial, foi professor de Química em Madri, Montpellier (França) e na Alemanha, assim como atleta.

Em pouco tempo, o velocista deu lugar a outra paixão: a política. Mas, ao contrário da maioria de seus companheiros do exclusivo instituto madrileno "Pilar", considerado um viveiro da direita, escolheu o PSOE em 1974, no fim da ditadura franquista.

Com a posse de Felipe González como presidente do governo em 1982, Rubalcaba entrou para o ministério da Economia, do qual se tornou titular 10 anos mais tarde.


Mas foi sobretudo como porta-voz do governo, de 1994 a 1996, que impressionou a todos pela habilidade de desarmar escândalos, incluindo o do GAL, grupo de parapoliciais criado no governo de González e responsável por vários assassinatos de membros do ETA e separatistas bascos nos anos 80.

Responsável pelo tema ETA no PSOE e ministro do Interior em 2006, o estrategista Rubalcaba ganhou popularidade com os golpes na organização separatista armada basca, entre eles a detenção em 2008 de seu chefe militar, Mikel Garikoitz Aspiazu, conhecido como "Txeroki".

Com a queda do governo nas pesquisas, desacreditado pelo desemprego recorde, ele se impôs como o grande ativo socialista.

Número dois de Zapatero desde outubro de 2010, ele foi escolhido como o candidato socialista para as eleições, superando a ministra da Defesa, Carme Chacon, que representa a ala jovem do partido.

Seus simpatizantes atribuem a ele o anúncio histórico do ETA, poucas semanas antes das eleições, de que abandona em definitivo a luta armada.

No entanto, sua credibilidade não foi suficiente e o discurso sobre emprego não ajuda muito.

"As pessoas consideram que era o melhor de um governo medíocre, mas no fim a mediocridade do governo o afetou", considera Losada.

Os críticos o acusam de ter feito concessões aos terroristas e o consideram uma espécie de "Maquiavel", um "gênio tenebroso", como escreveu o jornal de direita El Mundo.

"É um intrigante. Dentro do próprio partido, triunfou matando não poucos politicamente", afirma José María Ridao, editorialista do El País.

Casado e sem filhos, torcedor do Real Madrid, não revelou o que pretende fazer após as eleições em caso de derrota.

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Madri - Com um sorriso e um olhar perspicaz, Alfredo Pérez Rubalcaba ganhou popularidade por sua luta contra o ETA, como o homem das missões delicadas e o símbolo de um Partido Socialista preocupado em conter a tragédia anunciada para as próximas eleições .

Aos 60 anos, Rubalcaba é considerado um orador brilhante e tem uma longa carreira no Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), no qual construiu com paciência a imagem de homem de Estado.

A pequena estatura e a calvície não impedem que agrade o público com histórias e comentários espirituosos, que complementa com um olhar penetrante e um amplo sorriso sob a barba.

As características transformaram Rubalcaba no único socialista considerado capaz de limitar a derrota para o Partido Popular (PP) de Mariano Rajoy, que deve obter uma vitória esmagadora no domingo após as derrotas em 2004 e 2008 para José Luis Rodríguez Zapatero.

"Sempre foi um homem de referência em todos os governos que integrou. Para muitos, é o dirigente ideal para uma situação como esta", declarou Antón Losada, professor de Ciências Políticas na Universidade de Santiago de Compostela.

"Dizem que gosta de estar em tudo, mas não, ele é que é chamado para tudo", afirmou Zapatero durante a campanha eleitoral.

Nascido em 28 de julho de 1951 em Solares, norte do país, filho de um piloto comercial, foi professor de Química em Madri, Montpellier (França) e na Alemanha, assim como atleta.

Em pouco tempo, o velocista deu lugar a outra paixão: a política. Mas, ao contrário da maioria de seus companheiros do exclusivo instituto madrileno "Pilar", considerado um viveiro da direita, escolheu o PSOE em 1974, no fim da ditadura franquista.

Com a posse de Felipe González como presidente do governo em 1982, Rubalcaba entrou para o ministério da Economia, do qual se tornou titular 10 anos mais tarde.


Mas foi sobretudo como porta-voz do governo, de 1994 a 1996, que impressionou a todos pela habilidade de desarmar escândalos, incluindo o do GAL, grupo de parapoliciais criado no governo de González e responsável por vários assassinatos de membros do ETA e separatistas bascos nos anos 80.

Responsável pelo tema ETA no PSOE e ministro do Interior em 2006, o estrategista Rubalcaba ganhou popularidade com os golpes na organização separatista armada basca, entre eles a detenção em 2008 de seu chefe militar, Mikel Garikoitz Aspiazu, conhecido como "Txeroki".

Com a queda do governo nas pesquisas, desacreditado pelo desemprego recorde, ele se impôs como o grande ativo socialista.

Número dois de Zapatero desde outubro de 2010, ele foi escolhido como o candidato socialista para as eleições, superando a ministra da Defesa, Carme Chacon, que representa a ala jovem do partido.

Seus simpatizantes atribuem a ele o anúncio histórico do ETA, poucas semanas antes das eleições, de que abandona em definitivo a luta armada.

No entanto, sua credibilidade não foi suficiente e o discurso sobre emprego não ajuda muito.

"As pessoas consideram que era o melhor de um governo medíocre, mas no fim a mediocridade do governo o afetou", considera Losada.

Os críticos o acusam de ter feito concessões aos terroristas e o consideram uma espécie de "Maquiavel", um "gênio tenebroso", como escreveu o jornal de direita El Mundo.

"É um intrigante. Dentro do próprio partido, triunfou matando não poucos politicamente", afirma José María Ridao, editorialista do El País.

Casado e sem filhos, torcedor do Real Madrid, não revelou o que pretende fazer após as eleições em caso de derrota.

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