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Rommey separa AL em 'bons e maus', diz campanha de Obama

Um governo hipotético de Romney traria de volta "as políticas fracassadas" do mandato de George W. Bush, disse Dan Restrepo, principal assessor de Obama


	Mitt Romney: Restrepo lamentou que o que descreveu como visão alterada de Romney enfoque demais na Aliança Bolivariana dos Povos de Nossa América (Alba)
 (©AFP/Getty Images / Justin Sullivan)

Mitt Romney: Restrepo lamentou que o que descreveu como visão alterada de Romney enfoque demais na Aliança Bolivariana dos Povos de Nossa América (Alba) (©AFP/Getty Images / Justin Sullivan)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2012 às 20h07.

Boca Raton - A campanha para a reeleição do presidente de EUA, Barack Obama, criticou nesta segunda-feira a estratégia do candidato republicano, Mitt Romney, para a América Latina e disse que o que ele busca é voltar a dividir a região em "bons e maus".

Um governo hipotético de Romney traria de volta "as políticas fracassadas" do mandato de George W. Bush, disse hoje à Agência Efe Dan Restrepo, principal assessor de Obama para a América Latina entre 2009 e 2012 e agora assessor de sua campanha de reeleição.

Restrepo lamentou que o que descreveu como visão alterada de Romney enfoque demais na Aliança Bolivariana dos Povos de Nossa América (Alba), já que em sua opinião o agrupamento inclui a países que "estão desgastados a esta altura".

"É infeliz", disse.

Obama e Romney participarão hoje na Universidade de Lynn, em Boca Raton (Flórida), de seu terceiro e último debate, que se concentrará exclusivamente em temas de política externa e que reúne ambos os candidatos empatados nas enquetes.

A agenda do debate de 90 minutos moderado pelo veterano jornalista da rede de televisão "CBS" Bob Schieffer, que decidiu os temas a tratar, não faz nenhuma menção explícita à América Latina.

Restrepo qualificou de "infeliz" que a região não apareça formalmente no programa desta noite e defendeu Obama em relação aos que o acusam de ter ignorado a América Latina.

"Para o presidente a região foi importante", insistiu Restrepo, que lembrou que Obama viajou cinco vezes à América Latina, mais que nenhum outro presidente americano durante seu primeiro mandato.


Afirmou, além disso, que com o atual inquilino da Casa Branca se estreitaram laços com países-chave como o México, Brasil, Colômbia e Chile e se iniciaram os acordos de livre-comércio com a Colômbia e Panamá.

Restrepo prevê que o Irã e a Síria darão o tom de boa parte do debate desta noite.

Em relação à Líbia e ao ataque o mês passado ao consulado dos EUA em Benghazi que tirou a vida de quatro americanos, incluindo o embaixador no país, Chris Stevens, a posição da Casa Branca seguirá sendo a que "é preciso levar à Justiça" os responsáveis.

Uma pesquisa publicada neste fim de semana pelo "The Wall Street Journal" mostra que, a apenas duas semanas das eleições, os dois candidatos estão empatados com 47% de apoio cada um entre prováveis eleitores.

"Acho que há certa frustração que Obama compartilha porque a economia não se recuperou tão rápido quanto queríamos", reconheceu hoje Restrepo.

O assessor de Obama acrescentou, em todo caso, que a situação está melhorando e os eleitores percebem: "Essa é a razão pela qual o presidente vai ter êxito" em 6 de novembro, dia das eleições presidenciais no país, apostou o assessor da campanha democrata.

O debate de hoje será dividido em seis partes: o papel dos EUA no mundo; a guerra no Afeganistão; Israel e o Irã; as mudanças no Oriente Médio e a nova face do terrorismo; a ascensão da China e o mundo do futuro. 

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