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Romenos protestam contra corrupção pelo 13º dia consecutivo

"Vergonha", "Não vamos para casa", "Os ladrões não nos deixam" eram algumas das palavras de ordem gritadas pelos manifestantes

Manifestantes formam a bandeira da Romênia no 13º dia seguido de protestos em Bucareste (Inquam Photos/Liviu Florin Albei/Reuters)

Manifestantes formam a bandeira da Romênia no 13º dia seguido de protestos em Bucareste (Inquam Photos/Liviu Florin Albei/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de fevereiro de 2017 às 08h21.

Bucareste - Mais de 15 mil pessoas foram às de Bucareste e outras cidades da Romênia para manifestar contra a corrupção da classe política pelo 13º dia consecutivo, apesar de o governo do país ter revogado o decreto que descriminalizava alguns casos considerados ilegais até então.

"Vergonha", "Não vamos para casa", "Os ladrões não nos deixam" eram algumas das palavras de ordem gritadas pelos manifestantes em frente à sede do Executivo. Alguns cartazes faziam ironias. "Atenção com os bolsos, estamos ao lado do governo".

Apesar das baixas temperaturas, cerca de 10 mil cidadãos participaram do protesto em Bucareste e outros 5 mil em diferentes cidades do país, informou a emissora "TVR".

"Queremos escolas e hospitais, não casos de corrupção. Os ladrões devem estar na prisão e não no governo", disse à Agência Efe Elena Comam, estudante de Filologia na Universidade de Bucareste.

Florin Iordache, autor do decreto que previa descriminalizar o abuso de poder e a corrupção se o prejuízo fosse inferior a 44 mil euros, renunciou no dia 2 de fevereiro após grande pressão da população. No dia anterior, o parlamento rejeitou uma moção de censura apresentada pela oposição contra o governo.

A modificação do Código Penal, que estava acompanhada de uma anistia para 2.700 condenados por crimes menores, alguns deles por corrupção, fez com que mais de 500 mil pessoas fossem às ruas das cidades romenas, a metade delas em Bucareste, na maior onda de protestos no país desde a queda do comunismo, em 1989.

O primeiro-ministro do país, Sorin Grindeanu, disse que não renunciará ao cargo, mas abrirá um debate com a oposição e a sociedade civil para reformar o sistema judiciário. EFE

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