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Romênia tem novas manifestações devido incêndio em boate

Cerca de três mil pessoas protestaram no centro de Bucareste para expressar indignação com a política romena após o trágico incêndio em uma boate semana passada


	Romênia: além da capital, também houve protestos em outras cidades romenas ao longo deste sábado
 (Cristian Bortes/Creative Commons)

Romênia: além da capital, também houve protestos em outras cidades romenas ao longo deste sábado (Cristian Bortes/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2015 às 20h20.

Bucareste - Cerca de três mil pessoas protestaram no centro de Bucareste neste sábado para expressar indignação com a política romena após o trágico incêndio em uma boate na semana passada, cujo número de mortos aumentou para 41 pessoas.

Nove pessoas morreram hoje, conforme anunciou o secretário de Estado de Interior, Raed Arafat, que acrescentou que há outras cem vítimas internadas, 40 delas em estado crítico.

Além da capital, também houve protestos em outras cidades romenas ao longo deste sábado, como Iasi, Cluj-Napoca e Timisoara.

"A renúncia não é suficiente, que atue a justiça" e "não negociamos com ladrões", foram algumas das frases gritadas pela multidão, que exige responsabilidades pelo incêndio, que foi causado por irregularidades consentidas pela corrupção.

O incêndio do dia 30 de outubro foi iniciado por um artefato pirotécnico na boate Colectiv, situada em uma antiga fábrica de sapatos da época comunista, durante o show de uma banda de rock.

O estabelecimento não tinha saídas de emergência e havia utilizado materiais inflamáveis para o isolamento acústico do ambiente, segundo as primeiras investigações.

Os três proprietários da boate, acusados de homicídio culposo, foram detidos na terça-feira, após as autoridades comprovarem que o local não tinha as autorizações necessárias para organizar shows e espetáculos pirotécnicos.

O prefeito do setor 4 de Bucareste, onde fica a boate, Cristian Popescu Piedone, foi detido por abuso de poder. O primeiro-ministro, o social-democrata Victor Ponta, acusado de corrupção, apresentou sua renúncia na quarta-feira sob a pressão dos protestos.

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