Mundo

Rohani segue rumo às reformas econômicas no Irã

Hassan Rohani completa 100 dias na presidência e segue priorizando as reformas iniciadas e que prometeu para impulsionar à deteriorada situação do país

O presidente iraniano, Hassan Rohani: clérigo moderado afirmou que elaboraria um programa para atacar os males econômicos do país, como a inflação disparada (Getty Images)

O presidente iraniano, Hassan Rohani: clérigo moderado afirmou que elaboraria um programa para atacar os males econômicos do país, como a inflação disparada (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2013 às 08h11.

Teerã - O presidente iraniano, Hassan Rohani, completou seus primeiros 100 dias no governo nesta terça-feira e, embora não tenha alcançado uma melhoria econômica palpável, segue priorizando as reformas iniciadas e que prometeu para dar um novo impulso à deteriorada situação do país.

O clérigo moderado afirmou que elaboraria neste período um programa para atacar os grandes males econômicos do país, como inflação disparada, desemprego galopante, recessão e uma longa instabilidade financeira, parte disso como consequência das sanções internacionais - a causa do desacordo nuclear - que reduziram em 58% as vendas de petróleo.

"Nos 100 primeiros dias ou inclusive menos, nos comprometemos com o povo a tomar as ações urgentes e necessárias em relação à economia", prometeu Rohani em campanha.

Entre suas promessas estavam a garantia de independência do Banco Central do Irã, a restauração da Organização de Planejamento e Gestão - dissolvida por seu antecessor Mahmoud Ahmadinejad -, reduzir o desemprego a um dígito e, sobretudo, apoiar o setor privado para impulsionar a criação de empresas, injetar dinamismo à indústria, à agricultura e ao turismo, além de impulsionar a produção.

Entre outros compromissos, Rohani também falou em relaxar as tarifas bancárias e alfandegárias, em facilitar o acesso ao imóvel e aos serviços sanitários e melhorar o clima regulador do setor privado.


No entanto, transcorrido o prazo previsto, os números macroeconômicos, evidentemente, não variaram de forma substancial, sendo que, recentemente, o ministro das Finanças e Economia, Ali Tayebnia, reconheceu que a inflação continua em um insuportável 40%.

Segundo Tayebnia, a economia se contraiu em 5,4% no último ano e os números oficiais de desemprego são de 12,4%, embora os analistas estimem que esse número possa ser duplicado, já que, oficialmente, as mulheres e outras povoações ativas não estão nessa conta.

Outros males que são atribuídos ao país são a baixa produtividade, a oscilação de políticas econômicas, a fuga de cérebros e a falta de confiança dos investidores. Diversos relatórios asseguram que o setor privado funciona agora em 50% de sua capacidade.

Apesar disso, os analistas concordam ao assinalar que a árdua tarefa de Rohani não é simples e que, desde agosto, o novo presidente adotou uma série de medidas que terão um impacto visível em breve na economia.

"Rohani está tentando aplicar respostas de urgência para enfrentar a grave situação e acho que, por enquanto, fez tudo o que prometeu", assegurou à Agência Efe Ali Tehrani, diretor da empresa de consultoria Atieh Bahar Consulting, que ajuda a empresas estrangeiras a trabalhar com o Irã.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaIrã - PaísHassan Rohani

Mais de Mundo

Mão de vaca? Descubra por que os americanos estão menos altruístas

Quais foram as cidades mais visitadas do ano em 2025?

Aliado de Trump vence eleição em Honduras e promete romper com China

Alerta máximo: Califórnia tem risco de fortes tempestades no Natal