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Rodman vai à Coreia do Norte, não busca libertar americano

Ex-jogador de basquete Dennis Rodman chegou à Coreia do Norte para uma visita, mas disse que não pretende negociar a libertação de missionário norte-americano

Ex-jogador Rodman: na semana passada, a Coreia do Norte cancelou visita do diplomata norte-americano Robert King para negociar a libertação de Bae (Petar Kujundzic/Reuters)

Ex-jogador Rodman: na semana passada, a Coreia do Norte cancelou visita do diplomata norte-americano Robert King para negociar a libertação de Bae (Petar Kujundzic/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 09h59.

Singapura/Pequim - O extravagante ex-jogador de basquete Dennis Rodman chegou nesta terça-feira à Coreia do Norte para uma visita de cinco dias, a segunda neste ano, mas disse que não pretende negociar a libertação de um missionário norte-americano.

Havia especulações de que Rodman, que reuniu-se em março com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, obteria a libertação de Kenneth Bae, condenado a 15 anos de trabalhos forçados por tentar depor o regime comunista norte-coreano, de acordo com a Justiça local.

"Não estou indo à Coreia do Norte para discutir a libertação de Kenneth Bae", disse Rodman à Reuters por telefone antes de embarcar de Pequim para Pyongyang. "Estou indo lá só para outra turnê diplomática de basquete." No aeroporto de Pequim, usando seus habituais óculos escuros, Rodman disse que viajaria para "encontrar meu amigo Kim, o Marechal. Tentar começar uma liga de basquete lá, algo assim".

Kim, filho e neto de dirigentes comunistas, é fã de basquete e aparentemente se deu bem com Rodman na visita anterior do ex-jogador da NBA. Os dois foram fotografados rindo, comendo e bebendo juntos, e também assistindo a um jogo com astros do esporte.

A nova viagem de Rodman está sendo patrocinada pela empresa de apostas irlandesa Paddy Power. A agência estatal de notícias KCNA noticiou sua chegada, mas não deu detalhes sobre a visita.

Na semana passada, a Coreia do Norte cancelou uma visita que seria feita pelo diplomata norte-americano Robert King para negociar a libertação de Bae. O Departamento de Estado dos EUA disse que essa seria uma "missão humanitária".

Pyongyang disse que retirou o convite por causa dos recentes exercícios militares conjuntos dos EUA com a Coreia do Sul.


Rodman foi criticado na viagem anterior por manter boas relações com um país que, na época, ameaça travar uma guerra contra os EUA, a Coreia do Sul e o Japão.

Naquela primeira visita, Rodman descreveu o ditador Kim, de 30 anos, como "um garoto incrível".

Bae, um norte-americano de ascendência coreana que trabalhava como missionário cristão na China e na Coreia do Norte, foi detido no final de 2012 na cidade portuária de Rason.

A Suprema Corte norte-coreana disse que ele levou "materiais de propaganda" para dentro do país, incluindo um documentário do National Geographic sobre as condições de vida na Coreia do Norte.

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